Viveiro florestal abre as portas para visitas educativas e gratuitas

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Viveiro é considerado o maior viveiro do sul do estado e oferece experiência de conhecer todo o processo de produção de mudas nativas do Cerrado e da Amazônia.

O instituto Black Jaguar está recebendo inscrições para a agenda de visitas educativas gratuitas ao viveiro florestal em Santana do Araguaia, no sul do Pará.

A atividade é voltada a escolas, universidades e grupos organizados que queiram conhecer de perto como funciona o maior viveiro da região e acompanhar como é feita a produção de mudas nativas destinadas à restauração ecológica no Corredor de Biodiversidade do Araguaia.

A visita é guiada por técnicos do projeto e inclui a experiência de plantar mudas, observar sistemas de irrigação, identificar espécies e conhecer todo o ciclo da iniciativa de recuperação de áreas de preservação permanentes (APPs) e reservas legais (RL), liderada pela Black Jaguar na região.

Até então realizadas de forma esporádica, as visitas passam a ocorrer regularmente toda última sexta-feira do mês, das 8h às 11h, recebendo grupos interessados em conhecer o trabalho de restauração ecológica.

Inaugurado em 2022, o viveiro é peça-chave na missão da organização sem fins lucrativos de restaurar mais de 1 milhão de hectares ao longo de 2.600 km do Rio Araguaia, conectando os biomas Cerrado e Amazônia.

Em três anos de operação, já foram germinadas mais de 78 espécies e produzidas mais de 1,1 milhão de mudas, muitas delas a partir de sementes coletadas pela Rede Ressemear, uma rede de sementes que envolve mais de 115 coletores, na maioria mulheres, gerando renda sustentável e fortalecendo a cadeia da restauração.

Nesta temporada (2025-2026), o viveiro prevê a produção de 440 mil mudas nativas. A capacidade total está sendo ampliada de 500 mil para 650 mil mudas por ciclo, representando crescimento de 30%.

Para a engenheira florestal e coordenadora da atividade, Norivânia Diniz, além de abastecer os plantios do projeto, o espaço também se consolidou como um polo de educação ambiental. “O viveiro é mais do que um local de produção de mudas. É um espaço de aprendizado, inspiração e engajamento da comunidade com a causa da restauração ecológica”.

Segundo o instituto, as visitas proporcionam vivência prática e transformadora para crianças, jovens e adultos, que conhecem o valor das árvores e entendem como atitudes individuais e coletivas podem fazer diferença diante da crise climática.

Estudantes de cursos como agronomia já utilizam a estrutura para aulas de irrigação, tecnologia de sementes, produção de mudas e frutificação. A atividade agora passa a contar com um novo formato de agendamento, ampliando o acesso também para escolas de ensino fundamental e médio, além de outros grupos interessados. (A Notícia Portal com informações do G1 Pará/ Foto: Instituto Jaguar Parade)

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