De novo, o Rio Novo aparece contaminado. Dias se passam e a situação retorna: água turva, suja de lama e carregada por rejeitos de mineração ilegal. O ciclo de poluição parece não ter fim e tem causado revolta entre os moradores da região.
Imagens registradas nesta quinta-feira (2) mostram o rio, localizado entre a Vila Palmares II, na zona rural de Parauapebas, e o distrito de Serra Pelada, tomado pela lama avermelhada. Para os moradores, a degradação é consequência direta da ação de garimpos ilegais.
Segundo relatos, peixes mortos estão sendo encontrados com frequência, e o rio, antes limpo, agora se transforma repetidamente em um lamaçal. “A Polícia Federal fecha um garimpo, mas logo outro começa a funcionar”, afirmou um morador indignado. Situação semelhante também vem sendo observada em Canaã dos Carajás.
A suspeita é de que a poluição esteja ligada à extração clandestina de manganês. No processo, pedras são lavadas com a água do próprio Rio Novo e a lama escura é despejada de volta, contaminando todo o curso.
Para a comunidade, a destruição é contínua e tende a se repetir enquanto não houver fiscalização rigorosa e leis mais duras. Muitos definem a luta para preservar o rio como “um trabalho sem fim”.