O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), divulgou, neste domingo (5/10), um balanço da força-tarefa que investiga casos de adulteração de bebidas no estado. Segundo ele, 41 pessoas foram presas ao longo de 2024 — 19 delas apenas desde o dia 29 de setembro. Além disso, quatro fábricas clandestinas foram fechadas, 78,3 mil rótulos falsificados apreendidos, além de 7 mil garrafas cheias e 53.758 embalagens vazias.
O balanço inclui ainda o fechamento de nove estabelecimentos que comercializavam bebidas alcoólicas e a suspensão das inscrições estaduais de sete bares, de acordo com reportagem do Metrópoles. Na última sexta-feira (3/10), Tarcísio determinou que locais flagrados vendendo produtos adulterados tenham a inscrição estadual cancelada.
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Até agora, o governo paulista não revelou quais marcas foram alvo das falsificações nem qual linha de investigação orienta a apuração. Na semana passada, o governador descartou o envolvimento da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no esquema.
O que é o metanol
O metanol, também conhecido como álcool metílico, é uma substância líquida, incolor e altamente tóxica, muitas vezes confundida com o etanol — usado na produção de bebidas alcoólicas. Sua ingestão pode causar náuseas, vômitos, dor de cabeça, visão turva, cegueira permanente, convulsões, coma, danos irreversíveis ao sistema nervoso e até a morte.
A toxicidade depende da dose ingerida. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, cerca de 10 ml de metanol puro podem causar cegueira, enquanto 30 ml podem ser fatais. A substância é usada ilegalmente como alternativa mais barata ao etanol em combustíveis.
O Ministério da Saúde reforça que até pequenas quantidades podem provocar intoxicação e alerta para a importância de evitar o consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa.