Neste domingo, o “Domingo Espetacular”, da Record TV exibiu uma reportagem de Roberto Cabrini sobre bebidas adulteradas com metanol, substância altamente tóxica que já provocou duas mortes confirmadas. Cabrini acompanhou peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Federal na análise de amostras e explicou como a adulteração passa despercebida.
A perita Diana Brito, chefe de uma das divisões de perícia, detalhou limites legais e efeitos do metanol. “Até uma determinada quantidade, o metanol é aceitável, não é tóxico. Isso é regulamentado pelo MAPA”, disse. Segundo Diana, 10 ml da substância podem causar cegueira e 30 a 50 ml podem levar à morte de uma pessoa média de 70 kg.
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A contaminação pode ocorrer de forma acidental, quando o metanol não é descartado corretamente durante a destilação, ou por etanol adulterado utilizado para aumentar teor alcoólico. “A hipótese provável é que alguém tentou aumentar o teor alcoólico e o etanol estava contaminado”, explica Diana. A adulteração também pode ter fins de lucro ou se apresentar em bebidas clandestinas.
O perigo do metanol é invisível: aparência e sabor não denunciam a presença da substância. Especialistas recomendam comprar apenas bebidas de procedência confiável, conferir rótulos e evitar produtos sem registro oficial. Em caso de sintomas como visão borrada ou dor abdominal intensa, a orientação é procurar atendimento médico imediato.