Os 13 brasileiros que integravam a pequena frota de navios Global Sumud, interceptada por forças israelenses quando tentava entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, foram libertados e levados à Jordânia na manhã desta terça-feira (7/10), por volta das 6h no horário de Brasília.
Segundo informações do Itamaraty, o grupo deixou a prisão de Ktzi’ot e cruzou a fronteira pela Ponte Allenby/Rei Hussein, sendo recebido por diplomatas brasileiros em Amã. No local, os ativistas passaram por avaliações médicas e receberam assistência consular completa.
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Abrir em tela cheiaEntre os deportados estão a deputada federal Luizianne Lins (PT/CE) e o ativista Thiago Ávila, além de outros nomes que faziam parte da expedição internacional. O Ministério das Relações Exteriores informou que acompanha de perto a situação e que representantes da embaixada permanecem à disposição “para qualquer eventualidade”. “As autoridades consulares brasileiras estão prestando a devida assistência e assim que tivermos informações sobre o retorno ao Brasil, repassaremos”, descreveu o Itamaraty.
O movimento Global Sumud Flotilla destacou que ainda não há definição sobre a viagem de retorno dos brasileiros ao país. O grupo reiterou o caráter pacífico da ação, composta por mais de 40 embarcações e cerca de 420 participantes de várias nacionalidades, e denunciou o bloqueio imposto por Israel a Gaza como “uma grave violação ao direito internacional humanitário”.
O primeiro integrante da delegação a chegar ao Brasil foi Nicolás Calabrese, argentino-italiano residente no país, que desembarcou no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na noite desta última segunda-feira (6/10).
O governo brasileiro, em comunicado oficial, reafirmou o apelo para que a comunidade internacional pressione Israel pelo fim do bloqueio à Faixa de Gaza, ressaltando que o país seguirá atuando para garantir a segurança de seus cidadãos e o respeito aos direitos humanos em meio ao conflito.