Brasil soma 225 notificações e 16 confirmações de intoxicação por metanol

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O Brasil contabiliza 225 registros relacionados à ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. Segundo balanço mais recente do Ministério da Saúde divulgado na noite deste domingo (5/10), são 16 casos confirmados e 209 sob apuração. São Paulo concentra a maior parte das ocorrências: 14 confirmações e 178 investigações.

No recorte por unidades da Federação, há notificações em 13 estados: no Distrito Federal, um caso; em Goiás, dois casos; no Mato Grosso do Sul, 5 casos; em Mato Grosso, um caso; em Pernambuco, 10 casos; no Paraná, 2 casos; em Rondônia, um caso; em São Paulo, 192 casos; no Piauí, 2 casos; no Rio Grande do Sul, 2 casos; no Rio de Janeiro, um caso; na Paraíba, um caso e no Ceará, 3 casos. Ao todo, foram notificadas 15 mortes, sendo duas confirmadas em São Paulo e 13 em investigação.

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Ministério da Saúde estabelece notificação urgente de casos de intoxicação por metanolFoto: João Risi/MS
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Intoxicação por metanol ascende alerta em São PauloDivulgação: Fiocruz Imagens
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São Paulo registra mortes e casos graves por ingestão de bebidas adulteradas com metanolReprodução: Internet
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Intoxicação por metanol ascende alerta em São PauloDivulgação: Biodiesel Brasil
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Bar foi interditado pelo poder público para investigação de suspeitas de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicasFoto: Abraão Cruz/Globo
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Para reforçar o atendimento, o Ministério da Saúde começou a distribuir etanol farmacêutico, um dos antídotos usados no manejo da intoxicação por metanol. Na primeira remessa, foram 580 ampolas. Em paralelo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação excepcional de 2.600 frascos de fomepizol, com logística via Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A agência também publicou norma para acelerar a produção de etanol de uso hospitalar e abriu edital para mapear fornecedores de fomepizol no exterior.

O metanol, também chamado de álcool metílico, é um composto incolor de uso industrial e não deve ser confundido com o etanol presente nas bebidas. No organismo, pequenas quantidades podem desencadear náusea, vômito, dor de cabeça, alterações visuais (inclusive cegueira), convulsões, coma e morte, além de possíveis falências renal e pulmonar. O risco está ligado à dose e à metabolização pelo fígado, que transforma o metanol em substâncias altamente tóxicas.

Quem apresentar mal-estar intenso, visão turva ou escurecida, falta de ar ou sonolência após ingerir bebida alcoólica deve procurar atendimento imediatamente e informar a suspeita de metanol. Autoridades reforçam a necessidade de comprar bebidas de procedência confiável, evitar rótulos com lacres violados e denunciar locais suspeitos às vigilâncias sanitárias e às forças de segurança.

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