Solidez Patrimonial e Eficiência de Capital
A saúde financeira do Basa é atestada pelo aumento do seu patrimônio líquido, que alcançou R$ 7,0 bilhões, registrando uma valorização de 8,8% em 12 meses. Este crescimento reflete a capitalização e a confiança na gestão do banco.
O indicador de eficiência, o Roae (Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio), fixou-se em 17,3%. Este índice é crucial, pois demonstra a alta capacidade do banco de gerar valor para os acionistas e reinvestir no negócio, utilizando de forma eficaz o capital disponível. A solidez regulatória também foi reforçada, com o Índice de Basileia atingindo 14%, uma alta de 0,22 ponto percentual, reforçando a conformidade e a segurança operacional da instituição.
Apesar do forte desempenho, o balanço indicou um controle rigoroso sobre os custos. As despesas administrativas atingiram R$ 644,6 milhões, crescendo 16,6%. Este aumento, embora significativo, deve ser analisado no contexto do crescimento de 19% na receita, sugerindo que a expansão das operações e da rede de atendimento pode justificar parte desse incremento.
Dinamismo da Carteira de Crédito e Desafio da Inadimplência
A principal alavanca de crescimento do Basa é sua carteira de crédito total, que demonstrou um vigoroso aumento de 20,3% na variação interanual, totalizando R$ 62,8 bilhões. Um dado notável é o crescimento de 93,3% no crédito comercial, sinalizando uma diversificação e um maior apetite a risco em linhas de financiamento não puramente de fomento.
No entanto, o balanço revela um ponto de atenção no quesito inadimplência. A taxa de créditos não performantes aumentou 0,81 ponto percentual em junho de 2025, saindo de 2,48% para 3,29%. O banco atribuiu explicitamente essa elevação à “instabilidade no setor agropecuário”. Em linha com a gestão de risco, a quantia del credere (provisão para devedores duvidosos) também cresceu 12,7%, atingindo R$ 996,5 milhões, refletindo a postura prudente do banco diante do cenário de aumento na inadimplência.
Expansão da Base de Clientes e Foco na Inclusão
O Basa também demonstrou sucesso na ampliação de sua base de atendimento. A instituição encerrou o período com 1,2 milhão de clientes ativos, um crescimento de 9% em 12 meses. Deste total, 1,1 milhão são pessoas físicas, reforçando o papel do banco na inclusão financeira.
O crescimento na carteira de pessoas jurídicas foi ainda mais acentuado, com 97.000 clientes e uma alta de 15,6% no período. Este dado sublinha o compromisso do banco em fomentar pequenos e médios empreendimentos na região.
Prioridade Estratégica em Linhas Verdes e Fomento Social
Como agente de desenvolvimento da Amazônia, o Basa canalizou uma porção significativa de seus recursos para iniciativas sustentáveis e de impacto social:
- Linhas Verdes: Foram destinados R$ 5,6 bilhões a essas linhas (bioeconomia, energia renovável e infraestrutura sustentável), representando uma expansão de 23% em relação ao 1º semestre de 2024. Este investimento reforça a estratégia de alinhar o crescimento financeiro à sustentabilidade ambiental.
- Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar): O programa teve uma movimentação de R$ 1,2 bilhão, um crescimento impressionante de 131,7%, evidenciando o apoio maciço à agricultura familiar e à segurança alimentar da região.
- Basa Acredita Pra Elas: O programa de crédito voltado às mulheres empreendedoras registrou R$ 65,5 milhões em contratações, beneficiando 18.000 empreendedoras, e promovendo a inclusão econômica e o empoderamento feminino.
O presidente do Basa, Luiz Lessa, sintetizou a visão estratégica do banco, afirmando que o resultado “reafirma o papel do Banco da Amazônia como principal agente financeiro do desenvolvimento regional”. Ele concluiu que os resultados demonstram que a instituição consegue “combinar impacto social com desempenho financeiro sólido”, garantindo que a ampliação responsável do crédito estimule a economia local e permita a prosperidade dos pequenos negócios.
Fonte: Da Redação