O Palmeiras divulgou uma nota oficial nesta segunda-feira (6/10) em resposta à repercussão do clássico do último domingo, contra o São Paulo, no Morumbis. O comunicado foi publicado depois de críticas ao possível erro de arbitragem que teria favorecido o time alviverde: um pênalti não assinalado a favor do Tricolor paulista, quando a equipe vencia por 2 a 0. O Palmeiras acabou reagindo e venceu a partida por 3 a 2, em uma virada relâmpago com três gols em 19 minutos.
Na nota, o clube afirmou ver com “preocupação a pressão descomunal que alguns clubes têm exercido publicamente e também nos bastidores do futebol brasileiro”, alegando que tais atitudes buscam “instaurar o caos” e tirar proveito da situação para “coagir entidades e indivíduos em busca de vantagens futuras”. O texto também critica o que chamou de “narrativas” destinadas a manchar o trabalho do Palmeiras, que vive um de seus períodos mais vitoriosos sob o comando de Abel Ferreira.
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O clube rebateu a tese de que a virada tenha ocorrido apenas por causa de decisões da arbitragem e citou lances em que se sentiu prejudicado, mencionando as “não expulsões” de Bobadilla e Alan Franco, este último acusado de agredir Ramón Sosa com uma cotovelada não revisada pelo VAR. Segundo o Palmeiras, há “hipocrisia” de quem silencia diante dessas situações, mas reclama quando o time é beneficiado.
A diretoria ressaltou ainda que evita se manifestar publicamente sobre erros de arbitragem, preferindo tratar o tema nos fóruns adequados. Essa postura, segundo o clube, é reflexo de uma cultura interna que privilegia o autocontrole e a responsabilidade, sem buscar desculpas para eventuais derrotas.
O comunicado reforça o apoio do Palmeiras à profissionalização dos árbitros e à ampliação do uso de tecnologia no futebol brasileiro. O texto ainda destacou que o clube será o único entre os postulantes ao título da Série A a jogar durante a Data Fifa, mesmo desfalcado por convocações.
Por fim, o Alviverde pediu uma postura firme do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) contra dirigentes que, “de forma irresponsável”, fazem acusações sem provas ou tentam colocar sob suspeita a lisura de pessoas e instituições do futebol brasileiro.
A Sociedade Esportiva Palmeiras vê com preocupação a pressão descomunal que alguns clubes têm exercido publicamente, e também nos bastidores do futebol brasileiro, com o intuito de instaurar o caos, beneficiando-se dele para coagir entidades e indivíduos em busca de vantagens… pic.twitter.com/ZgvydGxPc4
— SE Palmeiras (@Palmeiras) October 6, 2025
Reação do São Paulo
Logo após a partida, o São Paulo emitiu nota oficial condenando duramente a arbitragem de Ramon Abatti Abel e do VAR Ilbert Estevam da Silva. Para o clube paulista, os erros tiveram influência direta no resultado, em especial a não marcação do pênalti sobre Tapia — que para vários especialistas, como o ex-árbitro Carlos Eugênio Simon, deveria ter sido assinalado. Em comunicado, o São Paulo afirmou que tais decisões “comprometem a credibilidade da competição” e exigiu da CBF medidas imediatas. O presidente Julio Casares chegou a ligar diretamente para a entidade cobrando explicações e providências urgentes.
Repercussão entre outros clubes e dirigentes
A polêmica extrapolou o Choque-Rei. Dirigentes de outros clubes, como do Flamengo, também criticaram a arbitragem, sugerindo possível favorecimento ao Palmeiras e chamando o episódio de “vergonhoso”. Clubes rivais e comentaristas reforçaram críticas sobre a condução dos árbitros, principalmente em jogos decisivos do Campeonato Brasileiro, e cobraram mais transparência da CBF — que, por ora, decidiu não divulgar os áudios do VAR do jogo, aumentando o clima de insatisfação.
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