Um jovem de 23 anos ficou cego após ingerir bebida adulterada com metanol em uma festa em São Paulo. Leonardo de Souza Lima passou 33 dias internado e segue em recuperação. O caso integra o surto que já soma 47 intoxicações e 9 mortes no estado. Veja os detalhes da investigação.
Um jovem de 23 anos ficou cego após ingerir bebida alcoólica adulterada em uma festa em São Paulo, no fim de setembro. Leonardo de Souza Lima passou 33 dias internado, perdeu 10 quilos e ainda se recupera em casa das sequelas da intoxicação por metanol.
De acordo com o prontuário médico exibido no SPTV desta quarta-feira (5), ele começou a passar mal no dia 26 de setembro e foi levado para uma UPA com sintomas como visão turva, vômitos, náuseas, desequilíbrio e confusão. Exames indicaram lesões cerebrais compatíveis com o envenenamento por metanol, e Leonardo foi intubado ainda na unidade. Em seguida, foi transferido para o Hospital Heliópolis, onde iniciou hemodiálise na tentativa de eliminar a substância do organismo.
Durante a internação, o quadro se agravou. Ele desenvolveu taquicardia e teve falência circulatória, o que fez com que os médicos o induzissem ao coma. Segundo a irmã do jovem, Camila, a situação era tão delicada que chegou a haver suspeita de morte cerebral.
Leonardo vive com apoio da família (Foto: Reprodução/TV Globo)“Depois que ele desligou de todas as medicações, ele não acordava do coma e o médico falava que tinha suspeita de ter uma morte cerebral. Nada era muito claro, porque eles também não sabiam, é uma coisa nova até para eles, e ele foi fazendo diálise desde o primeiro dia que ele chegou no hospital. E foi isso que foi ajudando a limpar o sangue dele e ele foi melhorando”, contou ela.
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Já em casa, Leonardo segue em recuperação e ainda depende de apoio constante da família. Assista à reportagem:
🚨VEJA: Jovem intoxicado por metanol perde 10 kg, fica cego e está sem conseguir andar. pic.twitter.com/2etyw12bea
— CHOQUEI (@choquei) November 5, 2025
O número de casos confirmados de intoxicação por metanol em São Paulo chegou a 47, de acordo com o balanço divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde na segunda-feira (2). Nove pessoas morreram e outros nove casos seguem sob investigação, incluindo dois óbitos em Piracicaba e São Vicente. Ao todo, 464 suspeitas foram descartadas.
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