Em uma reunião histórica realizada em Sharm El-Sheikh, no Egito, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e líderes de diversas nações formalizaram nesta segunda-feira (13/10) um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, encerrando oficialmente mais de dois anos de confrontos entre Israel e o Hamas. O evento, chamado de Cúpula da Paz em Gaza, contou com a presença de chefes de Estado e representantes de mais de 20 países, incluindo Egito, Turquia e Catar, que atuaram como mediadores das negociações.
Durante a cerimônia, Trump declarou que é “um dia histórico, o fim de uma era de mortes e terror” e classificou o pacto como um marco histórico para a região. O republicano também destacou que a libertação dos últimos 20 reféns israelenses mantidos pelo Hamas foi um passo essencial para o avanço das tratativas. “Contra todas as probabilidades, fizemos o impossível e trouxemos nossos reféns de volta para casa”, afirmou ela.
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Abrir em tela cheiaO acordo, inicialmente apresentado por Trump no fim de setembro, prevê a retirada gradual das tropas israelenses do território palestino, o fim dos bombardeios e a criação de um Conselho de Paz Internacional para supervisionar a reconstrução de Gaza. O órgão incluirá representantes palestinos e técnicos independentes, encarregados de administrar o território na fase de transição.
Apesar da formalização do pacto, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, não compareceu à cúpula, alegando a coincidência com um feriado judaico. Antes da reunião, ele havia discursado no Parlamento israelense afirmando estar comprometido com “tempos de paz” para a região.
Embora a assinatura represente um avanço diplomático, ainda existem pontos sensíveis pendentes, como o desarmamento do Hamas e a definição da governança de Gaza no período pós-guerra. Segundo Trump, esses temas serão tratados nas próximas etapas do plano, que também incluem o envio de ajuda humanitária e novas rodadas de negociações para consolidar uma paz duradoura.