Saúde: Divisão de Vigilância Sanitária e Uepa realizam ação integrada na Feira da Folha 28

há 1 semana 7

A Feira da Folha 28, na Nova Marabá, recebeu uma visita importante na manhã deste domingo, 16. Trata-se da Atividade Integrada em Saúde (AIS) do 5º período do curso de Biomedicina da Universidade Estadual do Pará (Uepa) em parceria com a Divisão de Vigilância Sanitária da Prefeitura de Marabá.

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O projeto ‘Biomed na Feira: Higienização de alimentos e saúde gastrointestinal’ contou com a participação de 18 alunos e levou aos feirantes dicas sobre higienização e cuidados para a saúde, higienização e assepsia na cozinha e boas práticas na manipulação de alimentos por meio de material explicativo.

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Patrícia Assis, do Departamento de Educação Sanitária, explica que a ação consiste numa conscientização da população para mostrar a importância de se fazer a higienização correta de frutas, verduras e legumes e ainda a purificação da água, tornando-a potável e a feira foi o local escolhido por se tratar de um lugar de muito movimento.

Patrícia Assis, do Departamento de Educação Sanitária

“Quando se pensa em compras de produtos dessa natureza, já se pensa na Feira da 28. Todo mundo vem pra cá pra poder comprar alimentos frescos, frutas, verduras, legumes. São coisas que você consome cruas e a chance de você consumir e estar contaminado é muito grande. Então a gente pensou em fazer essa ação aqui pra que daqui a gente possa expandir pro restante da cidade”, esclarece.

A professora da Uepa, doutora Francielle Bonet, conta que o trabalho foi desenvolvido em sala de aula e foi idealizado pelos próprios alunos.

Francielle Bonet, professora doutora/Uepa

“Essas AIS tem o propósito de criar uma extensão do que temos na universidade para que tenhamos essa contrapartida dentro da comunidade. O Pessoal da Divisa conseguiu os kits de higienização de alimentos e a ideia principal foi focar em um local de onde partiriam essas doenças helmínticas, virais e fúngicas, que é justamente dos alimentos que a gente consome. O melhor local para encontrar a comunidade e juntar com essa ação de prevenção seria na feira”, argumenta a docente.

Essa ação acontece semestralmente e varia de acordo com o cronograma de disciplinas. “A gente tem nesse semestre disciplinas como imunologia, virologia, patologia, parasitologia. Então, eles conseguem visualizar como aplicar todas essas disciplinas dentro de uma ação onde consigam fazer algo que seja desenvolvido de forma que a ciência seja comum e acessível”, pontua.

O técnico em Vigilância Sanitária, Sílvio Ferreira, explica que a ideia dos alunos parece muito com o que a Divisa já faz, mas agora com um material impresso.

Sílvio Ferreira, técnico em Vigilância Sanitária

“O objetivo é exatamente tentar popularizar uma informação que a gente julga que todo mundo já tem, que é cuidar da saúde, é saber onde está um risco eminente. E nesse contexto, o que a gente fez foi pegar essa iniciativa deles e trazer isso pra uma linguagem adaptável, e com a ajuda deles, vir pra rua, trazer um material informativo, trazer o material de assepsia e fazer essas pessoas terem uma possibilidade de se auto tratar, se auto cuidar”, declara.

Sílvio ressalta ainda que um dos problemas que temos hoje em Marabá é a qualidade da água para higienizar os alimentos. “Às vezes a gente não sabe a origem da fruta ou do legume e nesse caso corremos o risco de pegar uma ameba, uma bactéria, um fungo qualquer através desse material. Com o tratamento você elimina isso e automaticamente você melhora a condição de vida”, frisa o técnico.

A acadêmica de Biomedicina, Taissa Alexandrina, informa que essa já é a quinta atividade integrada da turma.

Taissa Alexandrina, acadêmica de Biomedicina

“Essa ação surgiu porque nós vemos que aqui na nossa região muitas doenças transmitidas por alimentos ainda são muito comuns. Por exemplo, as doenças parasitológicas, as helmínticas e doenças transmitidas por bactérias. Então, pra devolver mesmo pra comunidade esse conhecimento, a gente resolveu fazer ação aqui na feira. Tem sido muito interessante. O pessoal está se interessando bastante em saber como utilizar o kit que a gente está entregando”, garante.

A feirante Mislene Correia vende hortaliças, verduras e legumes. Ela afirma que é importante se prevenir de doenças.

Feirante Mislene Correia

“É bom ter essas ações para prevenir. Se não prevenir, vem a doença. Minhas verduras eu lavo em casa ou já vem lavado para a gente, na mercadoria”.

Saiba mais

Somente este ano, a Divisão de Vigilância Sanitária já atendeu mais de 2.500 ambulantes com treinamentos de manipulação de alimentos. Com isso, houve uma redução de casos por intoxicação alimentar em mais de 30%.