Robinho, ex-jogador de futebol, teve sua pena reduzida pela Justiça paulista após realizar 11 cursos enquanto cumpre prisão em Tremembé. Ele foi condenado a nove anos por violência sexual em grupo contra uma mulher em 2013, na Itália.
A Justiça de São Paulo decidiu reduzir em 69 dias a pena de Robinho. O benefício foi concedido após o ex-jogador participar de atividades educacionais dentro da penitenciária de Tremembé.
O ex-Seleção Brasileira foi detido em março de 2024, por estupro coletivo, e atualmente cumpre pena de nove anos na chamada “penitenciária dos famosos”. A condenação ocorreu na Itália, mas a sentença foi recebida pela Justiça brasileira após homologação do Supremo Tribunal de Justiça.
De acordo com o Diário de Justiça do dia 28 de outubro, a decisão levou em conta a conclusão de 11 cursos realizados entre 9 de abril de 2024 e 22 de janeiro de 2025, totalizando 132 horas de estudo. Além disso, o ex-atleta também frequentou aulas do ensino médio, somando 464 horas entre julho e dezembro de 2024, e leu cinco livros durante o período. O documento, porém, não especifica quais cursos foram feitos.
Fotografia de registro de Robinho na Penitenciária em Tremembé (Foto: Reprodução)A medida está no artigo 126, §1º, inciso I, da Lei de Execução Penal, e no artigo 5º da Resolução nº 391/2021, do Conselho Nacional de Justiça, que preveem a possibilidade de redução de pena para presos que estudam ou participam de atividades de ressocialização.
Em um vídeo recente divulgado pelo Conselho da Comunidade de Taubaté, entidade sem fins lucrativos ligada ao Poder Judiciário, Robinho negou receber qualquer tipo de privilégio dentro da unidade. “Aqui o objetivo é reeducar, ressocializar aqueles que cometeram erro. Nunca tive nenhum tipo de liderança aqui, nenhum lugar. Aqui quem manda são os guardas, como falei para senhora, e nós, reeducandos, só obedecemos”, garantiu.
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O vídeo de quase nove minutos foi produzido em resposta ao livro “Tremembé: O presídio dos famosos”, do jornalista Ulisses Campbell. Segundo o autor, a obra surgiu após “dois anos de investigação e escrita” e retrata a desigualdade dentro do presídio, mostrando “como o choque de classes se materializa entre os muros”: “Presos pobres lavam roupas, limpam celas, cozinham para os mais ricos em troca de pequenas quantias. No topo da cadeia estão ex-juízes, empresários e políticos”.
Robinho foi condenado a 9 anos por estupro coletivo na Itália (Foto: Reprodução/Record)Nas imagens, além de Robinho e Brennand, aparece a juíza corregedora da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté, Sueli Zeraik, que contesta as informações do livro. “Como juíza corregedora há mais de 20 anos das unidades prisionais que são citadas nessa obra, envolvendo pessoas que estão no sistema carcerário ou que já passaram por ele no cumprimento de pena, eu posso seguramente afirmar que os fatos retratados nesse livro não correspondem à verdade”, concluiu.
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