O julgamento de William Araújo Sousa, acusado de matar a jovem Flávia Alves Bezerra em abril de 2024, teve um dos momentos mais marcantes nesta segunda-feira (17) no Fórum da Comarca de Marabá. Diante do conselho de sentença, o réu confessou o homicídio e reconstituiu, em plenário, os movimentos feitos no momento da agressão.
Relembre o caso
Flávia Alves desapareceu em 15 de abril de 2024, após sair de casa para encontrar conhecidos. O corpo foi localizado dias depois, enterrado em uma área de mata na zona rural de Jacundá, município vizinho a Marabá.
A investigação da Polícia Civil concluiu que William era uma das últimas pessoas que estiveram com a jovem. Ao ser preso, ele negou envolvimento, mas a versão mudou ao longo do processo.
Importante ressaltar que não havia qualquer relação amorosa entre réu e vítima. Eles se conheciam apenas de círculos sociais e convivências informais. Por isso, o caso não foi classificado como feminicídio, mas como homicídio qualificado, devido às circunstâncias e à forma como o crime ocorreu.
A confissão em plenário
Durante seu interrogatório nesta segunda-feira, William afirmou que o homicídio teria sido motivado por um desentendimento banal envolvendo um maço de cigarro.
Segundo ele, a discussão começou porque “faltou cigarro”, e a situação escalou até a agressão que tirou a vida de Flávia.
A defesa do réu, representada pela advogada Cristina Alves Longo, autorizou uma simulação em plenário. Nela, William demonstrou para os jurados como teria aplicado o estrangulamento — procedimento que, segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), foi a causa da morte da vítima.
Pedido de perdão
Após a reconstituição, o réu dirigiu-se à mãe de Flávia, presente no plenário, e pediu perdão pela morte da filha, deixando o ambiente emocionalmente carregado.
Julgamento segue com portas fechadas
Por determinação do juiz responsável, o julgamento ocorre a portas fechadas, devido à natureza do caso e ao impacto social gerado pela morte da jovem.
A sessão prossegue com os debates entre defesa e acusação, etapa final antes da decisão dos jurados.
Com a confissão oficializada em plenário, o conselho de sentença analisará todas as provas reunidas ao longo do processo — laudos periciais, testemunhos, registros investigativos e a fala do próprio acusado.
A sentença pode ser divulgada ainda hoje ou nesta terça-feira (18), dependendo da duração dos debates.
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