A influenciadora Bella Longuinho passou pela cirurgia de redesignação sexual e escolheu realizar o procedimento em um hospital na Tailândia. Ela não foi a única: a atriz Gabriela Loran também optou pelo país, assim como diversas outras pessoas trans ao redor do mundo. Mas por que tantas pessoas escolhem a Tailândia? E quais são os custos desse tipo de cirurgia no Brasil? Saiba mais sobre o assunto.
O que é a cirurgia de redesignação sexual
A cirurgia de redesignação sexual envolve procedimentos cirúrgicos complexos que têm como objetivo alinhar os órgãos genitais do paciente ao gênero com o qual ele se identifica. Esse tipo de intervenção pode ser realizado tanto por pessoas que desejam transicionar de feminino para masculino quanto do masculino para feminino. O processo inclui acompanhamento psicológico, terapia hormonal e a intervenção cirúrgica em si.
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Do masculino para o feminino
Para mulheres trans, a cirurgia afirmativa de gênero vai além da reconstrução genital. O procedimento busca criar uma anatomia feminina funcional, preservando a sensibilidade erógena e garantindo qualidade de vida e bem-estar para a paciente. A técnica mais utilizada é a inversão peniana, que permite a construção de uma neovagina funcional e natural.
Do feminino para o masculino
Para homens trans, a cirurgia afirmativa de gênero pode ser realizada principalmente por dois procedimentos: metoidioplastia e faloplastia. A metoidioplastia utiliza o clitóris para criar uma genitália masculina menor, mantendo sensibilidade erógena, enquanto a faloplastia cria um pênis de tamanho maior, com possibilidade de inclusão de prótese para ereção. Outros procedimentos podem incluir mastectomia, histerectomia ou tireoplastia, dependendo das necessidades de cada paciente.
Valores
Os custos da cirurgia de redesignação sexual no Brasil variam de acordo com o procedimento e a rede de atendimento. Para mulheres trans e travestis, os valores giram em torno de R$ 70 mil, enquanto para homens trans o custo médio é de cerca de R$ 100 mil, segundo dados da Revista Veja.
O SUS (Sistema Único de Saúde) também oferece cirurgias de redesignação, incluindo vaginoplastia para mulheres trans e mastectomia masculinizadora para homens trans. Além disso, a rede pública cobre procedimentos complementares, como implantes de prótese mamária para mulheres trans, histerectomia para homens trans, tireoplastia (afinamento das cordas vocais) e outras cirurgias de afirmação de gênero, que podem incluir lipoesculturas e implantes corporais.
Por que a Tailândia é um dos destinos mais procurados
A Tailândia se tornou referência mundial em cirurgias de redesignação sexual devido à experiência de seus médicos e à tradição na área. O país realizou a primeira cirurgia desse tipo em 1975 e, por muitos anos, foi um dos poucos lugares a oferecer o procedimento. Algumas clínicas tailandesas chegam a realizar cerca de 300 cirurgias genitais por ano, atraindo pacientes de todo o mundo. Além da expertise, o país também oferece preços competitivos para estrangeiros, embora brasileiros precisem considerar despesas de viagem. Segundo o portal Terra, o custo para brasileiros pode chegar a cerca de US$ 17 mil (aproximadamente R$ 85 mil), sem contar hospedagem e deslocamento.
Bella Longuinho revela quanto gastou em cirurgia de redesignação sexual
Além de falar sobre o procedimento em si, Bella Longuinho revelou os custos envolvidos na cirurgia de redesignação sexual. Segundo ela, o valor total foi semelhante ao que pagaria no Brasil, mas o suporte oferecido pelos profissionais na Tailândia foi determinante na escolha do local. Ela contou que a cirurgia custaria cerca de R$ 130 mil no Brasil, enquanto na Tailândia o valor foi de R$ 115 mil, sem incluir despesas adicionais como passagens, hospedagem e outros gastos relacionados à viagem. Bella explicou que permaneceu sete dias no hospital e seguiu com três semanas de acompanhamento pós-cirúrgico.