Professor contrai superbactéria após depilação íntima e relata momentos de tensão: “Quase morri” Fotos: Reprodução/Instagram

“Na verdade, eu nem sabia que tinha me cortado. Tudo começou com uma dor leve, meio incômoda, numa região onde eu jamais imaginaria que algo grave pudesse acontecer. Raspei minhas partes íntimas, contraí uma superbactéria e quase morri”, iniciou.

Após perceber que a região começou a doer e inchar, Vinicius procurou um hospital, onde recebeu o diagnóstico de hemorróida. Segundo ele, voltou para casa com alguns remédios para tratamento, mas o desconforto só piorou. Três dias depois, os sintomas se intensificaram. O rapaz começou a sentir dor intensa, febre alta, calafrios e mal-estar.

“Contraí uma superbactéria e quase morri”. (Foto: Reprodução/Instagram)

Quando Vinicius voltou ao hospital, já com dificuldade para andar, os médicos suspeitaram de que seu diagnóstico era gangrena de Fournier, uma doença rara que pode se espalhar rapidamente e levar à morte. Ele precisou passar por uma cirurgia de emergência para drenar o abscesso. Só depois, os médicos confirmaram a infecção por MRSA, uma superbactéria resistente a vários antibióticos.

Segundo o paciente, seu tratamento incluiu antibióticos intravenosos, curativos diários e acompanhamento de infectologistas: “Fiquei oito dias internado na primeira vez, e depois precisei ser internado novamente por mais 15 dias. Ao todo, foram mais de três semanas de internação”. 

Durante esse período, o jovem precisou se afastar do trabalho: “Foi um choque, porque saí de uma rotina superativa com treinos, alimentação regrada e muito trabalho, direto para um quadro grave de infecção”.

Segundo os médicos, qualquer atraso poderia ter resultado em complicações sérias ou até morte. “A MRSA é uma bactéria muito resistente e pode atingir a corrente sanguínea, causando infecção generalizada. No meu caso, além disso, havia o risco de gangrena de Fournier, que é uma condição extremamente grave. Quando falaram em gangrena de Fournier, eu entendi a gravidade da situação. Felizmente, o diagnóstico precoce e o tratamento rápido foram decisivos, junto com o meu histórico de cuidar bem da saúde”, explicou Vinicius.

Vinicius Zacchia no hospital. (Foto: Reprodução/Instagram)

Após receber alta, o professor continuou o tratamento em casa e confirmou que teve gangrena de Fournier, agravada pela bactéria. “Foi um susto enorme e uma lição para a vida inteira. Minha alta definitiva foi depois de mais de três semanas internado. Voltar para casa foi um alívio indescritível. A recuperação é lenta, mas o mais importante é que agora eu estou bem, em casa, voltando à minha rotina e à minha vida”, desabafou.

Segundo o paciente, a área afetada pela bactéria se agravou ainda mais por conta da sensibilidade: “Aprendi, da forma mais dura possível, que a bactéria poderia ter entrado por qualquer microcorte, em qualquer parte do corpo. No meu caso, para minha infelicidade, acabou sendo em uma região delicada, o que deixou tudo ainda mais complicado”.

Por fim, o professor disse que agora toma mais cuidados com a pele. “Tenho apenas aparado os pelos, para evitar qualquer tipo de corte ou microlesão. Além disso, mantenho uma higienização cuidadosa antes e depois. Se um dia eu decidir voltar a fazer depilação, será apenas com profissionais de confiança em ambiente totalmente esterilizado“, concluiu.

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