Morre mulher que comeu “falsa couve” em MG; homens seguem internados Fotos: Arquivo pessoal/Corpo de Bombeiros

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Claviana Nunes da Silva, de 37 anos, morreu em Patrocínio (MG) após se intoxicar com a planta conhecida como "falsa couve". Outras três pessoas da família também foram internadas. A Polícia Civil investiga o caso como possível envenenamento acidental.

Nesta segunda-feira (13), Claviana Nunes da Silva, de 37 anos, morreu após se intoxicar com a planta Nicotiana glauca, conhecida como “falsa couve“. Ela estava internada desde a última quarta (8), em Patrocínio, Minas Gerais. Segundo o portal g1, a vítima apresentou piora no domingo (12) devido a uma grave lesão no cérebro.

O velório de Claviana aconteceu nesta manhã (14), por volta das 7h, na Funerária do Baiano, em Guimarânia. O sepultamento está marcado para as 17h, no Cemitério Municipal.

Outras três pessoas da mesma família também foram internadas após consumirem a planta. Um homem de 67 anos recebeu alta na última quinta-feira (9), um dia após a intoxicação. Dois homens permanecem internados: um de 60 anos está em estado grave, em coma induzido e dependente de aparelhos respiratórios; o outro, de 64 anos, foi extubado no sábado (11), encontra-se estável, e a alta médica deve ser avaliada nos próximos dias.

O envenenamento

De acordo com a Polícia Militar, os familiares começaram a passar mal pouco depois do almoço. Por volta das 15h da quarta-feira (8), equipes do Corpo de Bombeiros, do Samu e da PM foram acionadas para socorrê-los. Durante o atendimento, todos tiveram parada cardiorrespiratória, mas foram reanimados no local. Em seguida, foram levados em estado grave para a Santa Casa de Patrocínio e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

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Ainda de acordo com as autoridades, a planta foi retirada perto da cozinha da residência e que, possivelmente, houve um engano na hora de prepará-la. O material recolhido passará por análise para confirmar a espécie e identificar a presença de toxinas.

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso, com a principal linha sendo o envenenamento acidental. O vegetal foi colhido na chácara da família e servido refogado durante a refeição. Parte da planta foi encontrada na arcada dentária de Claviana e encaminhada, junto de outras folhas, à Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, para análise. Uma criança de 2 anos também precisou ser hospitalizada, mas apenas para observação, já que não ingeriu a planta.

A Nicotiana glauca, conhecida como charuteira, tabaco-arbóreo ou “fumo bravo”, é extremamente tóxica e comum em áreas rurais e margens de estrada. A planta contém o alcaloide anabazina, capaz de provocar paralisia muscular e respiratória, podendo levar à morte.

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“Nossa equipe da Vigilância Sanitária atuou imediatamente assim que deram entrada na UPA e na Santa Casa, para que pudéssemos ofertar um cuidado de forma rápida”, disse a secretária de Saúde de Patrocínio, Luciana Rocha.

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