Lily Allen lançou o álbum West End Girl após o fim do casamento com David Harbour. Em entrevista, a cantora falou sobre o projeto e negou que o disco seja uma vingança contra o ex-marido, explicando o processo de criação das músicas e o momento pessoal que vive.
Após sete anos afastada da indústria musical, Lily Allen lançou na última sexta-feira (24) seu quinto álbum de estúdio, “West End Girl”. O projeto chega como um verdadeiro “exposed” sobre o fim de um relacionamento. Não demorou para que fãs associassem as 14 faixas do disco ao casamento da cantora com David Harbour. Diante da repercussão, Lily foi questionada pela Interview Magazine se o álbum seria, de fato, uma forma de “vingança” contra o ex-marido.
Allen e Harbour se conheceram em 2019 pelo aplicativo de namoro de celebridades Raya e se casaram no ano seguinte, em uma cerimônia em Las Vegas. Os rumores de crise começaram no fim de 2024, com supostas traições por parte do ator. Em janeiro, Lily admitiu estar passando por um momento difícil e chegou a fazer uma pausa em seu podcast para focar na própria saúde mental. O divórcio foi confirmado no mês seguinte.
Oito meses depois, ela lançou “West End Girl”. Composto em apenas dez dias, o disco segue uma narrativa linear, em que Lily revisita o relacionamento do início ao fim. A faixa-título faz referência ao começo turbulento do casamento, enquanto outras abordam pedidos de relacionamento aberto, frustrações na vida sexual, “regras” para encontros extraconjugais e outros episódios que teriam contribuído para a ruína do casal.
Os artista se separaram após 5 anos juntos. (Foto: Getty)O exposed foi interpretado por muitos fãs como uma forma de vingança, ainda mais em um momento em que Harbour se prepara para divulgar a temporada final de “Stranger Things“. Nas redes, internautas chegaram a sugerir que a cantora teria planejado o lançamento estrategicamente, para que o intérprete de Hopper não conseguisse escapar das perguntas sobre o término.
Questionada sobre o assunto, Lily foi enfática: “Não é. Quero dizer, escrevi esse álbum em dez dias, em dezembro, e agora me sinto muito diferente em relação a toda essa situação. Todos nós passamos por términos, e eles são sempre uma m*rda. Mas não é tão comum sentir vontade de escrever sobre isso enquanto ainda está acontecendo”.
Ela continuou: “É isso que torna esse disco divertido, ele é visceral, como se eu estivesse vivendo o processo. Naquele momento, eu estava tentando entender o que sentia, e isso é ótimo pro álbum, mas agora não me sinto confusa nem com raiva. Não preciso de vingança”.
Lily também destacou que parte do conteúdo do disco é ficção: “Parte é baseada em fatos, e parte é fantasia. Não é um álbum cruel. Não acho que estou sendo má. Foram apenas os sentimentos que eu estava processando na época”, continuou.
Sobre a concepção do projeto, ela contou: “Existe um álbum que eu amo chamado ‘A Grand Don’t Come for Free’, do The Streets, e ele é como um filme do início ao fim. Cada música pode existir sozinha e fazer sentido, mas juntas, formam algo mais próximo de um romance. Sempre quis fazer isso — e aconteceu naturalmente neste disco. Na noite anterior a entrar no estúdio, escrevi 18 títulos de faixas — sem melodias, sem letras. Ninguém no estúdio sabia o que estava acontecendo na minha vida. Cheguei lá, passei umas duas horas chorando horrores, e depois disse: ‘Vamos escrever um álbum baseado em alguns desses sentimentos’. Eu queria que houvesse um começo, meio e fim”.
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Por fim, Allen ressaltou que não queria se colocar no papel de vítima: “Era muito importante pra mim não soar como uma vítima. Eu dizia: ‘Precisamos mudar essa linha. Tá parecendo muito ‘coitadinha de mim”. Queria que fosse brutal e trágico, mas também empoderador, que houvesse alegria em poder expressar tudo isso”.
Harbour e Allen teriam enfrentando um período turbulento no final do ano passado. (Foto: Getty)Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques
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