Jovens de Parauapebas e Amazon SAR levam inovação climática à COP30

Durante a Conferência, a equipe da Amazon SAR, selecionada para integrar a Delegação Oficial Brasileira no evento, estará acompanhada por jovens estudantes de Parauapebas que participam do projeto “Mudanças Climáticas na Região de Carajás”, realizado no Cedere, zona rural do município.

A iniciativa conecta educação, ciência e engajamento social. O objetivo é inspirar uma nova geração de agentes de mudança, capacitando jovens amazônidas a compreender e atuar frente aos desafios climáticos globais.

Nayane Batista Souza, da terceira geração de apicultores no Cedere, não hesitou em fazer parte do projeto. Ela veio à COP30 para conhecer pessoas que também combatem o uso de agrotóxicos.

“Eu, meu pai, minha mãe, minha irmã e meu irmão temos uma empresa chamada Kemel, e nós vendemos mel e enxames de abelhas. De um tempo para cá, começamos a perceber os impactos das mudanças climáticas e dos agrotóxicos, que já vinham nos afetando. Passei a ter mais consciência disso quando entrei no curso. Meu projeto é sobre conscientização: conscientizar as pessoas contra os agrotóxicos”, contou a estudante.

A empresa leva consigo o compromisso de mostrar ao mundo que tecnologia, ciência e floresta viva podem caminhar juntas em prol de um futuro mais sustentável. Com atuação pioneira no desenvolvimento de soluções em tecnologia geoespacial, inteligência artificial e educação ambiental, a Amazon SAR apresentará sua plataforma Harpia Mapper — uma inovação brasileira que transforma dados de satélite em ação climática.

A ferramenta utiliza inteligência artificial e dados geoespaciais para monitorar o desmatamento, calcular o sequestro de carbono e apoiar projetos de conservação e créditos de carbono na Amazônia. “Nosso propósito é mostrar que inovação e sustentabilidade não são opostos, mas aliados. Com o Harpia Mapper, estamos levando a voz da Amazônia viva, tecnológica e protagonista”, destaca Renan Santos Ferreira.

“Meu trabalho é sobre Sistema Agroflorestal (SAF) e reflorestamento, que contribui para a vida em sociedade e pode gerar renda com crédito de carbono. Espero que existam muitos projetos como o meu aqui na Conferência, para que eu possa também marchar junto com eles”, disse, empolgado, o estudante João Vitor Santos da Conceição.

A presença da startup na delegação oficial brasileira reforça o potencial da região de Carajás e de todo o Pará como epicentro de soluções climáticas globais, evidenciando que o desenvolvimento sustentável da Amazônia passa pelo protagonismo de quem vive nela.

*             SAF: prática de manejo da terra que integra árvores com lavouras e/ou animais, promovendo o reflorestamento de áreas degradadas de forma produtiva e sustentável, gerando renda para o produtor e recuperando o ecossistema.

*             A reportagem atesta que o mel citado na matéria é delicioso.