Idosa de 80 anos é esquecida por cruzeiro em ilha paradisíaca da Austrália, e caso tem desfecho trágico Idosa de 80 anos é esquecida por cruzeiro em ilha paradisíaca da Austrália, e caso tem desfecho trágico

há 1 semana 12

Uma idosa australiana morreu após ser deixada para trás por um cruzeiro na Grande Barreira de Corais, em Queensland. A mulher se separou do grupo durante uma caminhada na Ilha Lizard. Autoridades investigam o caso e a empresa responsável colabora com as apurações.

Uma senhora australiana foi encontrada morta em uma ilha da Grande Barreira de Corais, ao largo da costa de Queensland, no nordeste da Austrália, após ter sido deixada para trás pelo cruzeiro em que viajava. Segundo reportagem da BBC, a idosa, de 80 anos, fazia uma caminhada na Ilha Lizard — localizada a cerca de 250 km ao norte de Cairns — quando se separou do grupo para descansar.

A vítima, cuja identidade não foi divulgada, participava de um passeio na companhia de outros passageiros do cruzeiro Coral Adventurer, no sábado (25). De acordo com o jornal Courier Mail, o grupo havia subido até o ponto mais alto da ilha, conhecido como Cook’s Look. Durante o trajeto, a mulher decidiu parar para descansar e acabou se perdendo do grupo. Ela não conseguiu retornar à embarcação, que zarpou ao pôr do sol, sem perceber sua ausência.

O erro só foi notado horas depois, quando a tripulação identificou que a passageira estava desaparecida e retornou à ilha. Uma ampla operação de busca foi iniciada, mas o corpo da idosa foi encontrado já sem vida na manhã de domingo (26). As causas da morte ainda não foram divulgadas.

Segundo fontes locais, a mulher participava da primeira parada de um cruzeiro de 60 dias ao redor da Austrália, com passagens que custavam dezenas de milhares de dólares. Após o episódio, a AMSA (Autoridade Australiana de Segurança Marítima) assumiu a investigação. A tripulação do navio deve ser ouvida ainda esta semana para esclarecer os momentos que antecederam a tragédia.

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Um porta-voz da AMSA informou que o primeiro alerta sobre o desaparecimento foi feito pelo capitão do navio, por volta das 21h de sábado. A agência afirmou que trabalha em conjunto com outros órgãos relevantes na apuração do caso e reforçou que leva “muito a sério” a segurança de passageiros e tripulantes em embarcações comerciais.

Harriet Mallinson, editora de cruzeiros do site de viagens Sailawaze, explicou que incidentes como esse são extremamente raros. Segundo ela, as companhias de cruzeiro contam com sistemas que registram rigorosamente quem embarca e desembarca ao longo do trajeto. “Fugir do navio sem ser visto ou voltar a bordo sem registro simplesmente não é uma opção”, disse à BBC.

“As empresas de cruzeiro levam esses procedimentos muito a sério e contam com tecnologia inteligente para evitar que incidentes assim aconteçam. Este é muito provavelmente um caso chocante, trágico e isolado”, acrescentou.

A testemunha Traci Ayris, que navegava próximo à ilha no fim de semana, relatou à ABC ter visto um helicóptero realizando buscas na trilha por volta da meia-noite de domingo. Segundo ela, cerca de sete pessoas usavam lanternas na operação, que foi suspensa por volta das 3h da manhã do mesmo dia, sendo retomada ao amanhecer.

“Sabíamos que ela estava morta porque chamaram todas as equipes de busca de volta imediatamente. E ninguém foi até o ponto sobre o qual o helicóptero pairava até mais tarde naquele dia, quando a polícia chegou”, contou Ayris. Ela disse, ainda, que o incidente foi angustiante para a tripulação e os passageiros. “Foi muito triste ter essa tragédia acontecendo nesse paraíso. Era para ser um momento feliz para aquela senhora adorável”, lamentou.

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A polícia de Queensland informou que um relatório sobre a “morte súbita, sem indícios de crime” será elaborado pelo médico legista. Mark Fifield, diretor-executivo da Coral Expeditions — empresa responsável pelo cruzeiro —, relatou que a companhia entrou em contato com a família da mulher e está oferecendo apoio diante da “morte trágica”.

“Enquanto as investigações sobre o incidente continuam, estamos profundamente consternados que isso tenha acontecido e estamos oferecendo total apoio à família da mulher. Estamos trabalhando em estreita colaboração com a Polícia de Queensland e outras autoridades para apoiar a investigação. Não podemos comentar mais enquanto o processo está em andamento”, concluiu.