Homem mais alto do Brasil tem as pernas amputadas após doença; entenda Pessoa mais alta do Brasil tem perna esquerda amputada; Saiba motivo (Foto: Arquivo pessoal)

há 2 semanas 29

Joelison Fernandes da Silva, o Ninão, conhecido como a pessoa mais alta do Brasil, passou por uma nova amputação. Aos 40 anos, ele teve a perna esquerda amputada no dia 17, no Hospital de Clínicas de Campina Grande (PB). Em 2021, Ninão já havia perdido a perna direita por causa de uma infecção óssea.

A pessoa mais alta do Brasil, Joelison Fernandes da Silva, conhecido como Ninão, de 40 anos, precisou amputar a perna esquerda após complicações de saúde. O procedimento foi realizado no dia 17 de outubro, no Hospital de Clínicas de Campina Grande, na Paraíba. Em 2021, Ninão já havia passado por uma amputação da perna direita, após ser diagnosticado com osteomielite, uma infecção grave nos ossos.

Com 2,37 metros de altura, o paraibano enfrenta complicações relacionadas à sua condição física, entre elas o pé de Charcot — doença que compromete os ossos e as articulações dos pés e tornozelos, geralmente associada à neuropatia diabética. O problema provoca perda de sensibilidade e pode causar fraturas e destruição óssea sem que o paciente perceba.

A nova amputação foi feita cerca de 20 centímetros acima do pé, na mesma altura da anterior, também em decorrência da osteomielite provocada pelo diabetes. “Uma infecção de partes moles do corpo não tratada adequadamente pode evoluir para uma infecção no osso, e foi o que ocasionou a situação do nosso Ninão”, explicou Alisson Mendes, coordenador médico do Hospital das Clínicas.

Ele deverá voltar ao hospital para retirar os pontos no dia 17 de novembro. A partir de então, terá acompanhamento apenas em nível ambulatorial.

Pé enfaixado de Ninão. (Foto: Arquivo pessoal)

O diagnóstico

Joelison Fernandes da Silva, conhecido como Ninão, nasceu em Assunção, uma pequena cidade no interior da Paraíba, e foi reconhecido duas vezes como o homem mais alto do Brasil. Durante a adolescência, ele foi diagnosticado com gigantismo. Aos 14 anos, já media 1,95 metro e precisou iniciar um tratamento com medicamentos para desacelerar o crescimento.

Atualmente, Ninão vive com os pais e contou que, ao amputar a primeira perna em 2021, já sabia que a segunda também poderia ser afetada. “Quando o médico foi amputar a perna direita, falou para eu ter cuidado com a esquerda, porque ela tinha o mesmo problema, a osteomielite, só que estava ‘dormindo’, quietinha”, disse em entrevista à coluna de Carlos Madeiro, do UOL.

Nos últimos meses, ele voltou a sofrer com feridas e úlceras graves no pé esquerdo, semelhantes às que antecederam sua primeira amputação. “Como já tinha sido diagnosticado há quatro anos, sabia o que estava acontecendo. Muita gente dizia: ‘vamos tratar que vai dar certo’, mas eu sabia que não teria como recuperar o osso, porque ele já estava todo infectado”, contou.

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Mesmo realizando curativos paliativos em um posto de saúde, a situação piorou. “Eu sabia que a infecção podia subir e precisaria cortar mais de cima, então decidi procurar logo o Hospital das Clínicas”, relatou.

Ninão antes das amputações. (Foto: Arquivo pessoal)

Quando deu entrada na unidade, no início de outubro, o quadro já apresentava necrose e comprometimento do tecido: “Após avaliação do cirurgião vascular, decidimos fazer [a amputação] para eu ter uma qualidade de vida melhor. A vida de um amputado, de um deficiente, não é fácil. Mas estou sem dor e não estar indo a hospitais já é uma vitória”.

Agora, Ninão tem um novo objetivo: arrecadar recursos para comprar uma cadeira de rodas motorizada e uma prótese para a perna esquerda. Ele já possui uma para a direita, conquistada por meio de doação. Hoje, vive com um salário mínimo de aposentadoria pelo INSS. “De agora em diante vai ser um pouco mais difícil. Eu tinha só uma perna e já era complicado. Agora, sem as duas? Mas vou seguir em frente”, afirmou.

Quem quiser ajudar Ninão pode enviar um pix pela chave: 83998965901.

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