FCCM: Museu Municipal celebra Dia do Saci com festa cultural e lançamento de cordéis

há 1 semana 12

Museu Municipal Francisco Coelho foi palco de uma grande celebração ao folclore brasileiro. A programação reuniu apresentações culturais, performance artística e o lançamento de uma coleção especial de cordéis inspirados nas lendas marabaenses, em alusão ao Dia do Saci estabelecido pela Lei Federal nº 2.762 de 2003.

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A Festa do Saci é uma iniciativa do Museu Francisco Coelho com o objetivo de resgatar tradições, fortalecer a identidade local e despertar o interesse das novas gerações pelas histórias e personagens do imaginário popular brasileiro. Ao cruzar os portões, o público adentrava em um espaço místico preparado para fazer cada pessoa presente imergir nas encantarias de nossa terra. Desde efeitos especiais, figuras suspensas, personagens expostos, até as fantasias de quem visitava o local, tudo evidenciava o folclore Marabaense e o apreço do público pelo sobrenatural.

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Lara Luz, coordenadora do Museu Municipal Francisco Coelho, destaca que a Festa do Saci reforça o papel do espaço como um importante instrumento de valorização da cultura popular e de preservação da memória marabaense.

Lara Luz, coordenadora do Museu Municipal Francisco Coelho

“ A gente conseguiu fazer com que crianças, os pais, viessem no museu e entendessem também muito das lendas daqui da região, da comunidade. Então a gente tem a Porca de Bobes, a gente tem a Matinta Pereira, o Saci Pererê, então assim, é um componente de brasilidade e localidade que nos ajuda a entender a nossa cultura, a nossa identidade”, destaca a coordenadora.

Durante a programação, a professora e cordelista Lusa Silva lançou uma coleção de livretos que recontam lendas marabaenses em forma de poesia popular, aproximando a literatura do público de forma leve e acessível. A coleção é preparada especialmente para o público infanto-juvenil e para ser desenvolvida de maneira pedagógica dentro de sala de aula. Lusa traz a ludicidade para dentro de cada lenda e as ambientaliza em locais da cidade como a Praia do Tucunaré e a Orla da Marabá Pioneira.

Lusa Silva, professora e cordelista

“Essa coleção nasceu de um pedido dos professores. Eles me pediram que eu escrevesse as lendas para eles trabalharem em sala de aula, porque dá muito certo. O cordel é lúdico, o cordel é um instrumento didático e bastante atraente na sala de aula. Então os professores perceberam que é bom trabalhar ele nas escolas, e ele faz um sucesso nas escolas”, contou a escritora.

A programação contou ainda com uma performance da Companhia de Artes da Fundação Casa da Cultura e um animado karaokê, que garantiu a diversão de crianças e adultos. Na performance, as lendas ocupavam o espaço interagindo com o público presente que apreciava o momento. Quem fazia a chamada era o Boto, convidando cada ser místico para a festa do Saci, com canções populares produzidas pela própria companhia, cada ser encantado adentrava o espaço causando espanto, medo, risos e olhares de surpresa e admiração. Dentre os convidados da festa, estavam o Nego D’Água, o Pé de Garrafa, a Boiúna e até a Mulher de Branco.

Thaís Cariello, presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), ressalta que a realização da Festa do Saci reforça o compromisso da instituição com a promoção da arte e o fortalecimento das expressões culturais locais.

Thaís Cariello, presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM)

“O museu, que é um espaço de movimento, um espaço vivo, decidiu fazer essa festa do Saci para que as crianças e a comunidade pudessem estar aqui no museu, conhecer o museu, conhecer a nossa cultura, as nossas lendas, a história da nossa cidade, a história de Marabá. E a Companhia de Artes nessa temática cultural, se reinventam e fazem um verdadeiro show aqui. É muito gratificante para a Casa da Cultura ter uma equipe tão boa quanto a equipe do museu e quanto a equipe da Companhia de Arte”, declara a presidente.

Entre o público presente, o clima era de alegria e encantamento. A participante Anielle Bizerra contou que viveu uma experiência única ao participar da programação e destacou a importância dessa ação cultural.

Anielle Bizerra, participante

“Eu achei muito legal. A gente até tinha algumas lendas que a gente ainda não conhecia, né? E aí a gente passou a conhecer e achei maravilhosa a ideia. Fiquei muito feliz de trazer meu filho, porque eu pude trazer ele, e ele socializar com as outras crianças, ouvir as histórias, estava ansioso, a gente não sabia que era a festa do Saci, e ele ficou muito emocionado porque ele viu ao Saci, então eu achei muito legal”, afirma Anielle.

A Festa do Saci reforça o papel do Museu Municipal Francisco Coelho como um espaço vivo de valorização da cultura popular e da identidade marabaense. A iniciativa a partir de agora integra o calendário cultural da cidade, fortalecendo ainda mais a busca em manter vivas as tradições que formam o imaginário coletivo da região.

A contadora de histórias Gaby Silva, que se autodeclara como uma “sacióloga” por seu trabalho de pesquisa e divulgação das lendas do folclore brasileiro, também marcou presença na festa e destaca a importância de eventos como esse.

Gaby Silva, contadora de histórias

“Eu fico muito feliz com o movimento que eu estou vendo aqui, celebrando o Dia Nacional do Saci. E o museu teve essa ideia brilhante. E eu, como uma sacióloga, adorei a ideia. Então, ter um museu que celebra a cultura oral, que celebra a infância, que celebra a nossa cultura brasileira, é um museu quente, vivo, circular, de ciranda, de infância e de encantamento. Então eu fico muito feliz mesmo em dizer que celebrar o Saci é celebrar a brasilidade, é celebrar o que há de melhor na nossa cultura, que são as narrativas” destaca a participante da festa.

O sucesso da Festa do Saci reforça o comprometimento com a valorização da cultura local e o fortalecimento da identidade marabaense. Ao longo do ano, o Museu Municipal Francisco Coelho tem se destacado como um espaço de promoção artística e memória viva, recebendo exposições, lançamentos de documentários, a Primavera dos Museus, o Giro Cultural e diversas outras ações que aproximam a comunidade da riqueza cultural da região. Iniciativas como essas reafirmam o papel do museu como um ponto de educação, lazer e preservação das tradições que formam a história de Marabá.