Fábrica produzirá até 200 milhões de mosquitos por semana para ação de combate à dengue

há 4 horas 3

O Brasil está prestes a conquistar um marco global na luta contra doenças transmitidas por mosquitos. A unidade da Oxitec em Campinas (SP) deverá gerar cerca de 190 milhões de ovos do Aedes aegypti semanalmente, superando a produção anterior da Wolbito, em Curitiba, que até então detinha o recorde mundial. O projeto visa apoiar governos e comunidades afetadas por epidemias de dengue, zika e chikungunya. A instalação, inaugurada no início de outubro, já está pronta para fornecer os insetos “contaminados”.

Os mosquitos serão infectados com a bactéria Wolbachia, capaz, segundo dados da Oxitec, de reduzir a transmissão da dengue em mais de 75% quando disseminada entre os insetos. A tecnologia já é aplicada no Brasil pela Fiocruz.

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A relevância da iniciativa se intensificou após a grave crise de dengue de 2024, que registrou 4.013.746 casos prováveis e 3.809 mortes confirmadas, além de 232 óbitos em investigação. O índice de incidência atingiu 1.881 casos para cada 100 mil habitantes, de acordo com a CNN.

“Acho muito boa essa sinergia. Aqui não se trata de competição, mas de colaboração. Em julho foi inaugurada a Wolbito, que era a maior do mundo. Dois meses depois, já não é. Isso é muito bom para a saúde pública do Brasil”, comentou Fabiano Pimenta, secretário adjunto da secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente.

Com a capacidade da fábrica de Campinas, estima-se que até 100 milhões de pessoas possam ser protegidas anualmente. A empresa solicitou à Anvisa a liberação em março de 2025 e aguarda a aprovação. “Com o novo complexo da Oxitec, estamos equipados para responder imediatamente aos planos de expansão da Wolbachia do Ministério da Saúde, garantindo que a tecnologia chegue rapidamente às comunidades de todo o país, de forma econômica”, afirmou Natalia Verza Ferreira, diretora-executiva da Oxitec Brasil.

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