
Se a mitologia grega tivesse nascido às margens do Rio Negro, talvez a nova musa não fosse Afrodite, nem Medusa — seria Jenny Stephanie Mariano Arante, 30 anos, a mulher que transformou o ato de flertar em uma verdadeira operação de furto qualificado.
De acordo com a polícia de Manaus, Jenny alugava carrões de luxo — seus “carros alados”, digamos — e saía à caça de vítimas nas ruas da capital amazonense. Com um charme digno de deusa e uma lábia afiada, ela convencia os homens a entrar no veículo e… digamos… participar de “ritos de adoração” ali mesmo, no banco de trás. O problema é que, ao final da cerimônia, as oferendas iam todas para o bolso dela. Celulares, carteiras, relógios — o espólio do desejo.
Quando as vítimas voltavam ao mundo real, descobriam que haviam sido não apenas seduzidas, mas também sutilmente saqueadas.
Presa em flagrante e com a prisão já convertida em preventiva, Jenny agora enfrenta a Justiça — terreno menos sedutor e bem mais iluminado.
Mas afinal, qual seria sua contraparte mitológica?
Afrodite, a deusa do amor, talvez se sentisse lisonjeada pelo poder de atração da moça — mas ficaria horrorizada com a falta de romantismo. Medusa, por outro lado, aprovaria o poder paralisante do olhar: bastava um convite e a presa já estava enfeitiçada. Talvez, no fundo, Jenny seja uma fusão das duas — uma “Afro-dusa manauara”: metade encanto, metade armadilha.
Porque, convenhamos, não é todo dia que a mitologia ganha uma versão tropical, com bancos de couro, ar-condicionado digital e final digno de boletim de ocorrência.
Moral da história:
Nem toda deusa que sorri quer amor. Às vezes, quer o seu PIX.