Durante o Festival de Cinema do Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira (8/10), Vera Egito falou sobre o impacto emocional de trabalhar em “Tremembé”, série que retrata a rotina e os bastidores de uma das penitenciárias mais conhecidas do país. Em entrevista à repórter Monique Arruda, do portal LeoDias, a diretora e roteirista contou que o processo de escrita e gravação foi profundamente marcante.
“A gente passou dois anos, mais de dois anos escrevendo a série, eu sou roteirista também, depois todos os meses de filmagem. Acho que até escrever foi mais intenso, porque foram meses lendo esses casos, os relatórios, as condenações, as histórias das pessoas lá dentro. É de ter pesadelo mesmo, é tudo muito pesado”, relatou Vera.
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Segundo ela, a imersão nas histórias reais dos detentos de Tremembé transformou sua percepção sobre a natureza humana.
“Mudou a minha visão em relação ao ser humano, no sentido de entender que a mente humana tem lugares muito sombrios, que são inacessíveis. É incompreensível, né? A gente tem uma tendência a querer entender por que a pessoa fez isso, e quanto mais eu li e estudei, cheguei à conclusão de que não existe porquê. Não tem como entender, é inexplicável”, complementou.