Dia Mundial da Prematuridade: HMI garante atendimento adequado para recém-nascidos

há 1 semana 8

A data faz parte da programação do Novembro Roxo que promove a prevenção do parto prematuro com um pré-natal de qualidade e oferta cuidado humanizado com acompanhamento médico e apoio às famílias

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O Dia Mundial da Prematuridade é celebrado em 17 de novembro e tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre os riscos e cuidados com bebês nascidos antes das 37 semanas de gestação. A data, que faz parte do ‘Novembro Roxo’, também busca promover a prevenção do parto prematuro através de um pré-natal de qualidade, além de destacar a importância do cuidado humanizado, do acompanhamento médico e do apoio às famílias.

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Para retratar bem um desses casos, vamos contar a história de Iasmim Barrada, mãe de Benjamin, que nasceu no dia 15 de setembro de 2025, com 34 semanas e 3 dias no Hospital Materno Infantil (HMI) e teve que ficar internado na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCI). Iasmim já teve outras gestações prematuras, mas essa foi diferente de todas as outras. Ela conta que não esperava que ele nascesse antes da hora, pois não sentia dores nem incômodos. Só no final da gestação ela começou a sentir uma agonia no corpo.

 Reprodução/Prefeitura de Marabá - PAFoto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
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Iasmim Barrada, mãe de Benjamin

“A barriga grande, o corpo também. Eu só sentia dor de cabeça e enjoo o tempo inteiro. Quando cheguei aqui no HMI, eles me internaram. Estava com 3cm de dilatação. Chegou lá dentro, ele estava dando ataque. Teve que tirar na hora e veio pra UCI, já veio direto pra cá, ele não parava de chorar. A gente nunca espera, a gente vem sabendo que vai ganhar, mas não sabe como. O parto é uma caixa de surpresas, a gente pensa que vai ser de um jeito e é de outro”, pontua a mãezinha.

Benjamin ficou na UCI por nove dias recebendo todos os cuidados necessários para seu desenvolvimento respiratório e ganho de peso. Iasmim elogia todo o atendimento que ele teve das técnicas, enfermeiras e médicas durante esse tempo.

“Em todo o tempo que esteve aqui, ele foi bem cuidado, bem tratado. Eu até falei para o meu marido que agradeço a cada uma aqui, porque cuidam das crianças como se fosse delas”, ilustra.

O momento mais difícil para Iasmim foi ter que deixa-lo no hospital e voltar para casa sozinha. “Se ele tivesse nascido de 34 semanas, mas eu pudesse levar para casa, estava ótimo, mas não podia. Então, para mim, o sentimento de deixar era mais apertado. Mas deixar com as meninas, com a equipe, com os profissionais daqui, me deixou em paz, porque ele foi bem cuidado, foi bem tratado, elas cuidavam dele como se fossem mãe dele, então eu já ficava tranquila”.

Iasmim só pôde visitar o filho quando ele já tinha mais de cinco dias, porque estava com a cirurgia recente. “Eu vim depois, mas meu marido vinha todo dia. Ele pegava o documento, a doutora atualizava ele de tudo. E cada dia mais ele apresentava melhora. Eu vim pra amamentar depois de uma semana. Graças a Deus, na terça teve alta e foi pra casa. Eu estava em paz, ele estava bem, e eu fiquei bem por ele estar bem”, relembra.

Uma das responsáveis por esses cuidados que bebês como Benjamim recebem é a médica pediatra Divina Rosa, que explica como funciona o protocolo de atendimento com os prematuros dentro da UCI.

 Reprodução/Prefeitura de Marabá - PAFoto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
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Divina Rosa, médica pediatra

“O bebê, o recém-nascido, aqueles que são menores que 34 semanas, que têm menos de 2 kg ou que apresentar qualquer desconforto respiratório, que precisa de uma assistência qualificada, de uma vigilância, de uma monitorização contínua, esse bebê é o perfil de entrar para a UCI”, fundamenta.

A equipe responsável por esse atendimento é formada por técnica de enfermagem, fisioterapeuta, pediatra, fonoaudióloga, que vão monitorar esse recém-nascido e fazer todos os atendimentos necessários.

“Vamos olhar todos os fatores, se esse RN entrou pela própria prematuridade, por baixo peso, se ele entrou por alguma infecção. Nós vamos fazer exames para ver se esse bebê apresenta algum tipo de infecção, se vai precisar de antibióticos, se vai precisar sulfatar (pulmão que não está maduro e que precisa intubar). Ele fica recebendo medicação, sendo monitorado, recebe a dieta. Se ele consegue fazer sucção, ele vai receber a dieta via oral, se não, ele recebe pela sonda, ele vai ser alimentado, de uma forma ou de outra”, descreve.

Para receber alta, o bebê deve estar com o peso acima de dois quilos, com a idade gestacional maior que 34 semanas, respirando e mamando bem. “Ele pode ser até transferido, no caso de um cardiopata, de uma cirurgia, de alguma coisa, ele pode até ir para outra cidade, mas ele só vai sair se estiver bem”.

Outro ato importante dentro da UCI e que é incentivado pela equipe é o ‘canguru’, onde a mãe envolve o bebê bem próximo do seu corpo. “É muito importante ressaltar isso, da mãe vir fazer o canguru. A gente já percebeu uma melhora muito grande. A mãe vem, faz o canguru, ajeita aquela criança. Ele vai melhorando. A gente faz como se fosse uma bolsinha e ali deixa ele, pele na pele, com a mãe durante um tempo suficiente. Depois a mãe pode fazer isso diariamente”, salienta.

Prevenção

Para evitar a prematuridade, a médica ainda recomenda que as mães façam o pré-natal corretamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com pelo menos sete ou oito consultas. “Promover informação, incentivar a política, isso é muito bom, o cuidado do prematuro. E a cor roxa representa a sensibilidade, compaixão e a luta pela sobrevivência do nosso pequeno guerreiro. Então assim, as mães que estão grávidas, deixe o cigarro de lado, deixe a bebida do outro, deixa qualquer coisa que seja ilícita pra esse bebê alcançar a idade maior, ou seja, a quantidade correta de semanas”, enfatiza a pediatra.

 Reprodução/Prefeitura de Marabá - PAFoto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
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Texto: Fabiana Alves
Fotos: Bruna Vidal

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