
Os Correios anunciaram, nesta quarta, 15, um pacote de medidas para reestruturar a empresa, que inclui um Plano de Demissões Voluntárias (PDV). O prazo para a implementação das ações ainda não foi definido oficialmente. Além do PDV, a estatal busca um empréstimo de R$ 20 bilhões para equilibrar suas contas.
As demissões fazem parte da primeira etapa do plano, que será direcionado a áreas consideradas ociosas após um mapeamento interno a ser realizado nos próximos dias. Outras medidas incluem a diversificação das fontes de receita e a renegociação de contratos com fornecedores, com o objetivo de recuperar a capacidade de geração de caixa da empresa.
Reestruturação e Desafios nos Correios
O novo presidente dos Correios, Emmanoel Schmidt Rondon, afirmou que o principal desafio da estatal hoje é “recuperar o equilíbrio fiscal da empresa”. Segundo ele, a reestruturação segue exemplos adotados por estatais postais de outros países que passaram por processos semelhantes de recuperação.
Sobre o empréstimo de R$ 20 bilhões, Rondon explicou que as negociações estão em andamento e que a operação contará com a garantia da União, o que deve reduzir os custos financeiros. Ainda não há previsão para a conclusão do processo. A iniciativa, no entanto, tem sido alvo de críticas da oposição, que acusa o governo federal de agir de forma irresponsável.
Críticas da Oposição
O líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco, classificou o pedido de crédito como “um ato de irresponsabilidade” e afirmou que “nenhum banco deveria conceder empréstimo a uma estatal falida sem auditoria independente e autorização do Congresso Nacional”. Segundo ele, o governo estaria “usando dinheiro público para maquiar o fracasso de sua própria gestão”.