COP 30: Comitiva da Seaspac visita empresa de joias sustentáveis

há 6 dias 15

A COP 30 é um ambiente propício para diálogo e parcerias voltadas à sustentabilidade e bioeconomia. Diante disso, uma comitiva da Secretaria Municipal de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários de Marabá (Seaspac) participou de uma visita guiada por representantes da BioTec Amazônia, empresa que engloba pesquisadores de várias áreas do conhecimento e que transforma pesquisas acadêmicas em produtos.

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Na ocasião, a comitiva conheceu as instalações de produção da Karajaz, empresa de jóias sustentáveis, cujo laboratório está sob o guarda-chuva da BioTec Amazônia.

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A ideia é promover diálogo para pensar em iniciativas que aliem o mercado de artesanato local com a vocação econômica mineral da região.

A equipe da Seaspac pôde acompanhar o funcionamento de todo o processo de produção de joias sustentáveis por meio da apresentação de softwares de design, modelagem, mesas de impressão e fundição.

A titular da Seaspac, Mônica Thompson, reforça o compromisso da gestão com a busca de parcerias baseadas em inovação e empreendedorismo. Segundo ela, o objetivo é apresentar novas possibilidades para os artesãos, buscando parcerias em iniciativas que fomentem o desenvolvimento de Marabá.

Mônica Thompson, titular da Seaspac

“A Seaspac, por meio do Departamento de Emprego e Renda, tem buscado inovações, fazer com que os artesãos possam ter uma visão mais ampliada dos negócios e buscando sempre o empreendedorismo. É uma missão dessa gestão fazer com que as pessoas possam se desenvolver pessoalmente, criar sua autonomia financeira”, ressalta a secretária.

A Karajaz pode atuar por meio de frentes como formação na área de joalheria, transferência de tecnologia e fomento aos artesãos locais.

Para o pesquisador da BioTec e CEO da Karajaz, Maurício Favacho, Marabá apresenta um cenário favorável para o fomento da produção dele joias sustentáveis ao aliar o artesanato local com a questão mineral da região.

Maurício Favacho, pesquisador da BioTec e CEO da Karajaz

“Toda a concepção artesanal do produto não deixa de existir. Na verdade, vai só agregar valor ao produto quando você acopla metal precioso, seja prata, seja joia ou seja uma semi-joia, agregar mais valor. A semi-joia é um dos principais produtos da indústria joalheira moderna e, ao associar com essa inovação, certamente Marabá pode ser um player desse mercado”, explica.

Izabel Cristina dos Santos, assistente social da Seaspac e artesã que atua no Coreto Pôr do Sol, participou da visita. Para ela, foi uma oportunidade de conhecer um novo universo e poder visualizar novas possibilidades dentro do seu trabalho.

Izabel Cristina dos Santos, assistente social da Seaspac e artesã

“Transformar o que a gente trabalha como biojoia em joia sustentável da Amazônia, é abrir uma porta, um leque muito grande para os nossos artesãos do município e o nosso legado, trazendo a nossa identidade cultural, nossa marca. Isso é muito importante. A possibilidade de a gente conseguir reproduzir as nossas marcas no metal agregando às nossas cascas, às nossas sementes, por exemplo, um pingente de casca do ouriço da castanha com o Tucunaré em metal, sendo agregado. Então, assim, supervalorizar o trabalho do artesão local”, comenta.

A BioTec trabalha ainda com iniciativas que garantem a procedência dos materias como Selo Green Gold de rastreabilidade do ouro e o Selo de Joia Sustentável da Amazônia, que promove o protagonismo das comunidades que produzem as joias.

A Seaspac promoverá diálogo com outros órgãos como a Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Mineração (Sicom) a fim de pensar a viabilidade de uma parceria com a BioTec que atenda a realidade de Marabá.