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há 3 horas
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O presidente da Associação do Orgulho LGBTQIAPN+, deputado estadual suplente Agripino Magalhães, repassou ao portal LeoDias novas informações sobre o casal condenado pela morte de Isabella Nardoni. Segundo o advogado da entidade, Ângelo Carbone, há indícios de que Alexandre Nardoni registrou um número de telefone no Tocantins, região próxima à Amazônia, o que levantou suspeitas de uma possível tentativa de fuga do estado.
“Se ele tem o telefone e está atendendo lá, é evidente que ele vai se mandar pra lá. Ele só cumpriu 40% da pena”, afirmou Carbone em mensagem encaminhada à reportagem.
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O advogado destacou que o fato foi incluído no mandado de segurança protocolado em 23 de setembro no Tribunal de Justiça de São Paulo, documento que a reportagem teve acesso. Nele, os denunciantes pedem o retorno de Nardoni e da esposa, Anna Carolina Jatobá, ao regime fechado.
O documento, assinado por Carbone e Magalhães, aponta que o casal, atualmente em regime semiaberto, mora em um apartamento de luxo em Santana, na zona norte da capital paulista; o mesmo bairro onde o crime ocorreu em 2008. A petição afirma que vizinhos vivem sob “temor e pânico” diante da presença dos dois e pede uma revisão da execução penal.
“Os condenados moram em prédio de luxo avaliado em mais de R$ 3 milhões, Alexandre finge estar trabalhando na construtora do pai, e ambos se apresentam de forma ameaçadora em face dos vizinhos”, diz trecho do mandado.
A defesa solicita que o Tribunal determine a reclusão imediata do casal até que sejam apuradas as supostas irregularidades no cumprimento da pena, incluindo a origem do dinheiro que sustenta o padrão de vida dos dois.
Além disso, o desembargador Luís Soares de Mello, relator do processo, indeferiu o pedido liminar no dia 26 de setembro, afirmando não haver “prova concreta e objetiva” do direito alegado pela associação. O magistrado determinou o prosseguimento do processo para coleta de informações.
Em 29 de setembro, os advogados Roberto Podval e Marcelo Raffaini, representantes de Alexandre e Anna Carolina, apresentaram petição ao tribunal para serem formalmente habilitados no processo. Na manifestação, a defesa alegou que tomou conhecimento do mandado de segurança pela imprensa e classificou as acusações como infundadas.
Indícios de movimentação financeira e número do Tocantins
Na última terça-feira (7/10), um novo protocolo foi incluído no processo, anexando um relatório financeiro em nome de Alexandre Nardoni. O documento confirma o endereço do casal em Santana, em São Paulo, e lista um número de telefone com o código DDD 63, vinculado ao estado do Tocantins.
A defesa de Ângelo Carbone interpreta o registro como “indício veemente” de movimentação fora do estado, o que reforçaria a tese de risco de fuga. “Você tem um celular único na Amazônia? Nardoni é um preso, tem 60% da pena por cumprir e a mulher está junto. São indícios veementes ter um celular pertinho da fronteira bem longe”, disse o advogado.
Contexto do caso
Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram condenados em 2010 pelo assassinato de Isabella Nardoni, filha de Alexandre, então com 5 anos, jogada do 6° andar de um prédio em São Paulo. Ele cumpre pena de 30 anos e 2 meses, e ela, de 26 anos e 8 meses.
Atualmente, ambos estão em regime semiaberto, morando em São Paulo. O pedido da associação, porém, reacende a discussão sobre a fiscalização e o cumprimento das penas de condenados por crimes hediondos no país.
O portal LeoDias tenta contato com os advogados dos condenados, mas até a publicação desta reportagem não conseguiu retorno. O espaço está aberto.
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