Caso Madeleine McCain: Polícia revela decisão que tomou sobre jovem que dizia ser a menina desaparecida, e explica recusa de DNA Irmã de Madeleine McCann revela mensagens de polonesa que fingiu ser a menina desaparecida: 'Era muito sinistro' (Reprodução/Arquivo Pessoal/Instagram)

há 3 horas 3

No Tribunal de Leicester, Inglaterra, ocorre o julgamento de Julia Wandelt e Karen Spragg, acusadas de perseguir a família McCann. Wandelt alegou ser Madeleine McCann, desaparecida em 2007, enviando mensagens e provas à polícia, o que motivou investigação e depoimentos.

No Tribunal de Leicester, na Inglaterra, segue o julgamento de Julia Wandelt, de 24 anos, e Karen Spragg, de 61, acusadas de perseguir a família McCann. Segundo o portal britânico Daily Star, Wandelt teria enviado mensagens a Amelie McCann pelas redes sociais, alegando ser Madeleine. Um dos detetives que trabalhou na investigação contou que a acusada enviou à polícia um documento listando “oito razões” pelas quais acreditava ser a menina desaparecida.

O detetive Mark Draycott, integrante da Operação Grange, disse que a polonesa o procurou em junho de 2022, afirmando ser Madeleine, desaparecida em 2007 durante férias em Portugal.

Recebi um e-mail dela com ‘oito razões pelas quais eu poderia ser a Maddie’, acompanhado de fotografias suas”, disse Draycott durante seu depoimento. Segundo o detetive, a investigação, iniciada em 2011, tinha como objetivo descobrir o que aconteceu com a criança.

Julia Wandelt foi acusada de fingir ser Madeleine McCann, desaparecida em 2007, em Portugal (Fotos: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Após analisar o material enviado, o policial concluiu em seu relatório que “a moça não é Madeleine McCann“. No documento, ele destacou que Julia “apresenta características oculares diferentes, não possui a idade de Madeleine e aparenta ter problemas de saúde mental”.

O investigador disse que tomou a decisão de não levar o caso adiante, e que entrou em contato com a jovem para esclarecer a situação: “Utilizamos nossa experiência profissional para analisar as fotografias e confirmar que ela não era Madeleine McCann. Ela ficou aliviada ao saber disso”. 

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Em um trecho da ligação apresentado durante o julgamento, é possível ouvir o que Draycott disse à investigada. “Não vamos fazer teste de DNA. Não podemos gastar dinheiro público com algo assim. Sabemos que você não é Madeleine McCann. Você não é a primeira pessoa. Estamos tranquilos, estamos satisfeitos de que você não é Madeleine McCann”, disse o agente.

Nesta sexta-feira (10), Robert Gladstone, padre da Igreja Paroquial de Rothley, também prestou depoimento. O religioso acompanha a família McCann desde o desaparecimento da filha. Ele relatou ter encontrado a polonesa numa vigília em memória de Madeleine, em 2024.

Kate e Gerry, pais de Madeleine McCann (Foto: Getty)

Ela disse que era Madeleine. Disse que os seus verdadeiros pais eram, na verdade, Kate e Gerry McCann. Muito rapidamente, pelo que conheço de Gerry e Kate, e vendo Sean e Amelie crescerem ao longo dos anos, a sua constituição física não tinha qualquer semelhança com a família McCann. Não via qualquer possibilidade de serem parentes“, afirmou.

Julia Wandelt é acusada de perseguir a família por mais de dois anos e meio. Karen Spragg também responde por perseguição, incluindo chamadas telefônicas, cartas e visitas à residência de Kate e Gerry.

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Versão dos pais

Também em depoimento à justiça britânica nesta quarta (8), Kate McCann citou a “ansiedade” provocada por Julia por fingir ser Madeleine. “O nível de estresse e ansiedade que isto me causou aumentou com o tempo”, afirmou. Ela acrescentou que se sentiu “realmente mais tranquila” somente após a detenção da polonesa, em fevereiro deste ano.

Madeleine McCann desapareceu em maio de 2007, aos três anos de idade, enquanto passava as férias com a família na Praia da Luz, em Portugal. Ela completaria quatro anos em dez dias. A menina estava com os irmãos Sean e Amelie, então com dois anos, no quarto de hotel.

Madeleine McCann desapareceu aos três anos de idade (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Seus pais, Kate e Gerry, tinham saído para jantar com amigos em um restaurante próximo, dentro do complexo turístico, deixando as crianças desacompanhadas. Assim que eles voltaram, descobriram que Madeleine não estava lá. O sumiço se tornou um dos casos não resolvidos de maior repercussão no mundo.

Christian Brückner, principal suspeito do sequestro da menina, foi solto no dia 17 de setembro. De acordo com a BBC, ele foi retirado da prisão de Sehnde, no norte da Alemanha, pelo seu advogado. O homem, porém, cumpria pena pelo estupro da norte-americana Diana Menkes, de 72 anos.

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