Brasileira com “a pior dor do mundo” mostra cicatrizes e implantes após sequência de cirurgias Carolina Arruda tem doença com a "pior dor do mundo". (Foto: Reprodução/ Instagram)

há 1 dia 8

A influenciadora mineira Carolina Arruda, de 28 anos, mostrou nesta sexta-feira (7) as marcas das cirurgias que enfrenta devido à neuralgia do trigêmeo, doença rara considerada “a pior dor do mundo”, enquanto busca tratamentos para aliviar os sintomas constantes.

A influenciadora Carolina Arruda mostrou, nesta sexta-feira (7), as marcas da sequência de cirurgias que já realizou. Ao 28 anos, a mineira enfrenta a neuralgia do trigêmeo, conhecida como “a pior dor do mundo”. “Cada uma delas tem uma história, um susto, um medo, uma esperança”, contou a jovem.

Nos últimos procedimentos, Carolina passou por implantes de neuroestimuladores, um na face e outro na medula. Os médicos também colocaram um acesso permanente para medicação, buscando aliviar os episódios de dor frequentes. “Às vezes, tudo o que a gente precisa é parar, respirar e lembrar que ainda há beleza — mesmo depois da dor. Entre pausas e recomeços, a vida vai se refazendo, delicadamente, do nosso jeito”, lamentou.

 Reprodução / Instagram)Carolina já buscou recursos para fazer a eutanásia na Suíça. (Foto: Reprodução / Instagram)

Arruda também refletiu sobre o significado das cicatrizes: “Elas são as minhas marcas, marcas que a vida deixou, mas também marcas de tudo que eu já enfrentei tentando continuar viva. Cada uma delas tem uma história, um susto, um medo, uma esperança. Nenhuma delas foi fácil, nenhuma delas foi em vão. Eu carrego no corpo o mapa das minhas batalhas”.

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Ela continuou: “As cicatrizes que antes me envergonhavam hoje me lembram de que eu lutei, que de alguma forma eu ainda tô lutando. Eu não quero só sobreviver, eu quero viver, mesmo quando a dor insiste em ficar, mesmo quando o corpo cansa, mesmo quando parece que não vai dar. Eu tô tentando, tentando vir vida em mim, tentando amar a vida mesmo quando ela me desafia todos os dias, tentando me aceitar do jeito que eu sou, com tudo que ficou, com tudo que a dor não levou”. 

 Reprodução/ Instagram)Arruda começou a sentir os sintomas aos 16 anos. (Foto: Reprodução/ Instagram)

A veterinária disse que segue tentando pela vida. “Eu não sei o que vem depois, mas eu sei que cada vez que eu me levanto, é porque ainda existe algo aqui dentro que não quer desistir. É por isso que eu sigo, mesmo com medo, mesmo com dor, mesmo com marcas. Porque essas marcas são o que me lembra o que eu continuo sentindo, que ainda existe força onde só existia dor, que mesmo sem certezas, eu continuo tentando. E talvez, tentar essa seja a forma mais bonita de continuar viva”, concluiu.

Veja:

A neuralgia do trigêmeo é uma doença neurológica rara, que afeta o nervo responsável por transmitir sensações da face ao cérebro. Ao g1, o médico e cirurgião neurologista Bruno de Castro explicou que a dor é descrita como uma das mais fortes que existem e pode ser desencadeada por ações simples, como mastigar, falar, tocar o rosto, sentir vento ou até mudanças de temperatura.

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Ainda de acordo com o especialista, a condição afeta menos de 0,3% da população mundial, e o caso de Carolina é ainda mais complexo: ela sente dores constantes e nos dois lados do rosto. “Nem dormindo. Nem de olhos fechados. Nem com remédio. Nem abrindo o crânio”, descreveu a paciente.

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