Em articulações em Brasília, o prefeito de Parauapebas (PA) aproxima-se de parlamentares de diferentes espectros e enfraquece a narrativa de alinhamento a um único campo político
Por: FALA SERIO CANAA
16/10/2025 às 07h19 Atualizada em 16/10/2025 às 07h21

Em uma série de articulações políticas em Brasília, o prefeito de Parauapebas (PA), Aurélio Goiano (Avante), surpreendeu opositores ao dialogar com parlamentares de diferentes campos ideológicos, incluindo nomes do PL e do PT. A movimentação deixou seus críticos sem um discurso unificado e enfraqueceu a narrativa de que o gestor teria se alinhado a apenas um grupo político.
Encontros em busca de recursos
Durante a semana, Goiano reuniu-se com o deputado federal Joaquim Passarinho (PL-PA), após já ter mantido encontro com o senador Beto Faro (PT-PA), integrante da base petista no estado. As agendas tiveram como foco principal a captação de recursos para a “Capital do Minério”.
“Meu partido é Parauapebas”, afirmou o prefeito, rebatendo as críticas de que teria se distanciado de suas bases eleitorais ao dialogar com lideranças de esquerda. “Não estou aqui para fazer política de esquerda ou de direita. Estou aqui para resolver os problemas que encontrei ao assumir uma cidade abandonada.”Críticas perdem força
As críticas, que vinham ganhando força entre antigos aliados do ex-prefeito Darci Lermen, têm perdido espaço diante da postura pragmática do atual gestor.
A presença ao lado de Joaquim Passarinho, figura identificada com o bolsonarismo, ajudou a desconstruir a narrativa de que o prefeito estaria se aproximando da esquerda. O gesto também foi interpretedo como uma demonstração de equilíbrio político em meio a um cenário nacional ainda polarizado.
Diálogo com todas as frentes
Com a agenda em Brasília, Goiano sinaliza que pretende manter o diálogo com todas as frentes partidárias, desde que isso represente resultados concretos para o município. A postura, embora alvo de críticas de adversários, tem garantido apoios pontuais no Congresso Nacional.
Enquanto isso, seus críticos locais — antes unidos pelo discurso de que o prefeito “teria mudado de lado” — agora se veem obrigados a reformular suas estratégias diante de um cenário político mais dinâmico e imprevisível.
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