Uma atleta, de 30 anos, se preparava para a sua primeira minimaratona quando começou a sentir fortes dores abdominais, enjoos e vômitos durante os treinos. Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, publicada nesta sexta-feira (7), Karina Ureña disse que chegou a vomitar cinco vezes na corrida até finalmente receber um diagnóstico.
Urenã sentiu desconfortos durante os seis meses que antecederam a prova, marcada para fevereiro deste ano. Ela, inicialmente, achou que seriam cólicas menstruais, porém, os desconfortos se transformaram em vômitos frequentes e dores intensas. “Achei que fosse apenas a minha menstruação. Eu estava me alimentando bem, correndo diariamente e me sentindo mais saudável do que nunca“, compartilhou.
A atleta contou que os primeiros sintomas ocorreram em agosto do ano passado, quando aproveitava as férias em três destinos de seus sonhos: Key West, na Flórida, Maui, no Havaí, e México. “Eu estava dirigindo e, de repente, precisava parar para vomitar. Eu dizia a mim mesma que era estresse, jet lag ou alguma comida. Mas, no fundo, algo não parecia certo“, relatou.
Dois meses depois, Ureña disse que passou a se sentir constantemente fatigada e a perder peso rapidamente. Ainda assim, decidiu disputar a minimaratona de 21 km, em São Francisco. “Eu vomitei cinco vezes durante a corrida. Mas terminei. Eu não queria admitir para mim mesma que algo pudesse estar errado“, desabafou.
Ureña teve os primeiros sintomas seis meses antes do diagnóstico. (Foto: Reprodução/Redes)Ureña chegou a ir ao pronto-socorro, mas os médicos atribuíram os sintomas a uma virose ou um possível problema hormonal, e prescreveram um remédio para enjoos que apenas mascarava as dores. Depois de várias consultas, o médico da família solicitou o exame que revelou um câncer de cólon em estágio 4.
Ela revelou que soube do diagnóstico antes mesmo de seu médico retornar à sala. “Eu nunca me esquecerei de ler as palavras: uma massa de 9,2 centímetros no meu ovário, câncer que se espalhou para o fígado e os pulmões. Meu coração disparou. A minha mãe estava sentada ao meu lado, sorrindo, conversando. Quando contei a ela, ela desabou em lágrimas. Foi um momento que jamais me esquecerei“, compartilhou.
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A equipe médica explicou que as células cancerígenas haviam se originado no cólon, mas se espalharam para os ovários, fígado e pulmões antes de serem detectadas. O tumor tinha aproximadamente o tamanho de uma laranja pequena. Conforme Ureña, os médicos sugeriram uma histerectomia total, ou seja, cirurgia para remover o útero e os ovários, para impedir a disseminação do câncer. Ela, que sonha em ser mãe um dia, optou por um procedimento para retirar apenas o tumor do ovário direito.
Durante a cirurgia, eles também removeram tecido do cólon, o que a levou à colocação de uma bolsa de colostomia. “Foi um choque enorme no início. Lembro-me de acordar e me sentir completamente diferente. Aprender a viver com uma bolsa de colostomia tem sido uma grande adaptação, tanto física quanto emocional, mas estou me acostumando aos poucos. Tornou-se parte da minha luta, um lembrete de que ainda estou aqui e continuo me recuperando“, opinou.
Ureña contou ainda que seu pai venceu o câncer de cólon em estágio 3, em 2015, e deseja que tenha o mesmo resultado. “Ver o meu pai passar por isso foi de partir o coração. Mas vê-lo vivo e saudável hoje me dá esperança de que também conseguirei“, declarou. “Este diagnóstico me ensinou a desacelerar. Antes eu vivia na correria, agora eu me permito simplesmente respirar. Aprendi o que realmente importa: minha saúde, minha família, meus amigos próximos. Dei uma pausa na minha vida, mas isso não significa que parei de viver. Ainda rio, ainda sonho e ainda acredito na cura“, completou.
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