Assistência Social: Horta comunitária do Cras transforma vidas com geração de renda e autonomia das famílias

há 4 dias 10

A manhã de quinta-feira, 05, marcou um momento especial no Cras da Nova Marabá. A colheita de um novo ciclo da horta comunitária, projeto que muda a rotina e a realidade de dezenas de famílias acompanhadas pela política de assistência social do município. Iniciado no começo do ano, o trabalho é resultado da parceria entre Prefeitura de Marabá, Fundação Vale, Rede de Cidadania, Secretaria Municipal de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac) e Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri).

Mônica Thompson, secretária municipal de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac), destaca que o projeto nasceu com o propósito de promover autonomia e qualidade de vida.

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Mônica Thompson, titular da Seaspac

“Nosso objetivo é acompanhar famílias em situação de vulnerabilidade e proporcionar que elas tenham projeção de futuro, autonomia pessoal e principalmente financeira. Muitas recebiam cesta básica e outros benefícios eventuais. Hoje já alcançaram independência financeira, produzem para sua subsistência e também vendem o excedente, gerando renda. Além disso, passaram a consumir hortaliças com regularidade, o que impacta diretamente na saúde”, afirma.

A coordenadora do Cras Nova Marabá, Cinthya Ohana, explica que a horta nasceu após um diagnóstico territorial que identificou o espaço como área com grande potencial para cultivo sustentável.

Cinthya Ohana, coordenadora do Cras Nova Marabá

“Pensamos não só na alimentação saudável, mas também na geração de renda. Em setembro fizemos o primeiro plantio oficial. De lá para cá, as famílias vêm cultivando 19 canteiros, replantando e colhendo diariamente. Hoje é uma colheita maior, com hortaliças, rabanete, tomate, maxixe. Estamos felizes porque além do consumo próprio, elas estão comercializando, gerando renda e levando alimentos de qualidade para casa”, relata.

Vitória Virna Rodrigues, gestora de campo do Projeto Redes de Cidadania, da Fundação Vale, lembra que todo o processo começou com a preparação do solo, construção dos canteiros e o primeiro plantio conjunto com as famílias.

Vitória Virna Rodrigues, gestora de campo do Projeto Redes de Cidadania/Fundação Vale

“Cada família cuida de seu canteiro. Plantamos alface, couve, coentro, cebolinha e outras variedades. Já tivemos várias colheitas e, com o excedente, muitas famílias já vendem para vizinhos, condomínios e até pessoas que passam pelo Cras. Nossa equipe acompanha diariamente, orientando sobre manejo e técnicas. O objetivo central é garantir segurança alimentar. A renda é um complemento valioso que veio com o desenvolvimento da horta”, explica.

Para Bianca Soares Ramos, gestora geral do Redes de Cidadania, a horta representa um passo importante no enfrentamento à pobreza.

Bianca Soares Ramos, gestora geral do Redes de Cidadania

“O Redes de Cidadania acompanha hoje 1.325 famílias em Marabá e identificamos que cerca de 80% viviam insegurança alimentar. A horta surge como ação sustentável para garantir alimento e renda. Aqui, 19 famílias cultivam seus canteiros, complementam a alimentação e conseguem vender parte da produção. É um avanço significativo na qualidade de vida”.

Entre as histórias inspiradoras está a de Viviane de Jesus, que fala com entusiasmo sobre o impacto da horta em sua rotina.

Viviane de Jesus, dona de casa que aprendeu a cultivar hortaliças

“Tem sido uma experiência renovadora. Aprendi a cultivar hortaliças, a entender o manejo de cada planta. A nossa alimentação melhorou muito, porque agora comemos o que nós mesmas plantamos, sem agrotóxicos. Dá orgulho colher, levar pra casa e até vender o que produzimos”, enfatiza a dona de casa.

Outra participante que celebra as mudanças é Celma de Brito Oliveira, agente de Segurança Patrimonial. Ela conta que a horta a motivou a transformar também a própria casa.

Celma de Brito Oliveira, agente de Segurança Patrimonial

“Minha visão sobre o plantio mudou muito. Eu não conhecia quase nada, mas hoje já aprendi a preparar a terra, plantar e cuidar. Gostei tanto que já tenho minha horta particular em casa. Também passei a falar com meus vizinhos e minha família sobre alimentação saudável e já vendo minhas hortaliças. Isso tem gerado uma renda a mais, o que é muito bom”.

O prefeito Toni Cunha participou da colheita e destacou a importância da iniciativa.

Prefeito Toni Cunha, demais autoridades e cultivadores de hortaliças

“É emocionante ver cada família com seu canteiro, plantando com técnica e colhendo alimentos de qualidade. Isso garante sustento e ainda gera renda. Ensinar um ofício e oferecer meios para melhorar o orçamento familiar não tem preço. Parabenizo toda a Assistência Social pelo trabalho. Esse projeto precisa crescer para alcançar ainda mais pessoas”, argumenta o gestor municipal.