Após críticas nas redes sociais, lojistas da COP30, em Belém (PA), reduziram os preços de comidas e bebidas vendidas no galpão principal do evento climático. A decisão veio após reclamações sobre valores altos cobrados dentro da área restrita da conferência.
Os preços cobrados pelos quiosques da COP30, em Belém (PA), foram revistos após a repercussão negativa nas redes sociais nesta sexta-feira (7). De acordo com o Ecoa UOL, a decisão partiu dos próprios vendedores, que resolveram reduzir o valor das refeições e bebidas oferecidas no galpão principal do evento sobre o clima.
Nesta quinta-feira (6), no primeiro dia da cúpula de líderes, circularam imagens mostrando o alto custo dos produtos dentro da chamada Zona Azul, uma área restrita que abriga a imprensa e os negociadores, sem acesso ao público. Um pão de queijo chegava a R$ 30, e uma lata de água mineral, R$ 25. Pratos como lasanha e strogonoff eram vendidos por valores que variavam de R$ 60 a R$ 90.
Depois das críticas, os preços tiveram reajustes. As refeições passaram a custar R$ 45, enquanto a água foi reduzida para R$ 20. Já os salgados, que se tornaram alvo de comentários nas redes, continuam sendo vendidos entre R$ 30 e R$ 35, conforme o UOL. Veja a repercussão:
Preços da #cop30:
Que tal uma água de R$25,00 ou uma coxinha de R$30,00? pic.twitter.com/7fFGPKqAIs
— Túlio Amâncio (@tulio_amancio) November 6, 2025
45,00 UMA COXINHA, água: 25 reais, refrigerante: 25 reais, cafezinho: 20 reais, salada de frutas: 50 reais
Valores na COP 30. pic.twitter.com/iuRReiy8zq
— Karly🇧🇷 (@karenllyandra) November 7, 2025
Pelo jeito, ninguém está conseguindo comer direito na COP 30 rsrsrs… É uma notícia atrás da outra sobre os preços absurdos
— Jaqueline Suzarte (@jaquesuzarte) November 7, 2025
.#COP30
🇧🇷 Coxinha R$30, lata de água/refrigerante 300ml R$25, almoço R$70 , banheiro sem água, piso desnivelado, falta de energia. pic.twitter.com/yPPU0UNmjw
— 🇧🇷🇧🇷 Nunes Oliveira 🇧🇷🇧🇷 (@NunesOliveira33) November 6, 2025
O jornalista Márcio Gomes, da CNN Brasil, questionou os preços cobrados por alimentos durante o evento. Em vídeo publicado ontem (6), ele relatou ter gasto R$ 99 em dois salgados e um refrigerante: “Amigos, nesse primeiro dia de discussões sobre o clima, eu, trabalhando bastante, correndo bastante aqui nesse parque da cidade, onde foi montado todo o complexo da COP 30, fui buscar um salgadinho e tá caro”.
Na gravação, Gomes mostrou os produtos adquiridos e detalhou o valor pago. “Essa quiche de espinafre mais esse refrigerante zero, isso aqui deu 70 reais. Achei que ia ser pouco pra me alimentar pelo dia inteiro, então comprei esse camarão com queijo, deu 28 reais, ou seja, aqui deu 99 reais”, afirmou.
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O jornalista também comentou sobre o que foi dito pela vendedora ao ser questionada pelo preço: “Aí eu falei: ‘Nossa, mas é salgadinho, 29 reais’. E ela [a vendedora] disse: ‘Mas o queijo é de Marajó’. Deve ser um queijo maravilhoso, claro que eu vou provar, respeitando a culinária aqui do lugar, respeitando tudo, mas esses preços estão exorbitantes aqui na COP”.
Assista:
O Jornalista Marcio Gomes da CNN usou as redes sociais para reclamar do preço dos alimentos no parque da cidade onde ocorre a #COP30 VEJAM o que ele comeu e o valor de cada produto 👇👇🫢🫣👀😱 #Belem pic.twitter.com/a1TvEn0kar
— Notícias do Pará (@NoticiasdoPARA) November 6, 2025
Os comerciantes explicaram que o calculo é feito em dólar. A tabela de preços segue parâmetros definidos pela ONU e pela Secretaria Extraordinária para a COP30 (SECOP), órgão ligado à Casa Civil. O cálculo em moeda estrangeira também aparece nos cardápios em inglês: o pão de queijo, por exemplo, equivale a pouco mais de US$ 3 (cerca de R$ 16,13).
Os lojistas afirmam que o corte de valores foi uma decisão individual e que não houve orientação da organização do evento. Eles alegaram que o custo para manter os estandes é alto, especialmente por conta do aluguel, também pago em dólar. Por isso, os produtos acabaram ficando mais caros que nas lojas fixas fora da Zona Azul. Segundo eles, com a redução recente, a margem de lucro diminuiu.
Os preços de locação não são divulgados oficialmente, mas conforme o UOL, o aluguel chega a ultrapassar US$ 200 (aproximadamente R$ 1.076,00) por metro quadrado durante todo o período da conferência. Uma vendedora relatou ter pago cerca de R$ 23 mil por um espaço semelhante a um quiosque de shopping.
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