12 pessoas são intoxicadas após beberem refrigerante durante confraternização em SC; polícia aponta suspeitos e motivo do crime Foto: Prefeitura de Santa Cecília/Divulgação

há 1 semana 18

A Polícia Civil de Santa Catarina investiga o que causou a intoxicação de 12 servidores de um pronto-atendimento após o consumo de um refrigerante, no município de Santa Cecília. Em nota ao portal g1, a Secretaria Municipal de Saúde informou que as vítimas consumiram a bebida levada por uma mulher durante um café da tarde e passaram mal cerca de uma hora depois.

O caso aconteceu na última terça-feira (21). Os servidores tiveram sintomas semelhantes, que incluíram vômitos, tontura, inchaço abdominal, sonolência e dificuldade para se comunicar. Entre os afetados, estão médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, recepcionistas e funcionários de serviços gerais.

No quadro clínico, em conversa com os funcionários, relatam que não lembram do ocorrido e às vezes têm lapso temporário de memória, alguns com peso na cabeça, uma das vítimas relata muito sono, dizendo ‘Onde eu me encosto, eu durmo’ e algumas falam em tontura“, detalhou a secretaria, em nota.

Ao portal Metrópoles, o responsável pelo atendimento das vítimas, o médico José Antebi, contou que alguns receberam alta, mas seis deles voltaram a apresentar sintomas e precisaram ser internados novamente com sinais de intoxicação persistente. Uma das vítimas é vereador de Santa Cecília. Ele foi transferido para outro município devido à gravidade do quadro.

Bebida foi levada por uma mulher ao pronto-atendimento. (Foto: Blake Wisz/Unsplash)

A secretaria informou que todos os funcionários que estavam internados receberam alta no último sábado (25), mas seguem em acompanhamento médico.

Investigações

As autoridades investigam se a intoxicação coletiva pode ter sido motivada por vingança pessoal. Dois suspeitos foram presos: uma mulher, tia de um ex-servidor da Secretaria de Saúde, e o próprio sobrinho, afastado do cargo desde o início de outubro depois de denúncias de assédio e importunação sexual relatadas por funcionárias da unidade.

Conforme o Metrópoles, a principal linha de investigação é de que o envenenamento tenha sido uma retaliação ao afastamento do homem. Câmeras de segurança também registraram o momento em que a mulher entrou nas dependências do local com uma garrafa de refrigerante de dois litros, pouco antes do café da tarde.

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Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, a polícia encontrou uma arma de fogo na casa da suspeita, que foi autuada também por posse irregular de arma. A Vigilância Sanitária interditou a cozinha dos servidores, que fica em uma área separada do atendimento ao público, para evitar novos riscos.

A prefeitura também mantém acompanhamento médico e psicológico dos profissionais afetados. A Polícia Científica aguarda os resultados dos exames para saber a substância colocada no refrigerante.

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