TJPA lança Inteligência Artificial Iandê no 2º grau da Justiça

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FERRAMENTA DE AUXÍLIO

Ferramenta foi apresentada em workshop e conta com apoio da Comissão de Informática, presidida pelo desembargador Alex Pinheiro Centeno.

relogio quarta-feira, 17/09/2025, 22:20

- user Autor: Alexandre Nascimento - Fonte: Assessoria

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Imagem ilustrativa da notícia TJPA lança Inteligência Artificial Iandê no 2º grau da Justiça camera Comissão de Informática do TJPA apresenta ferramenta | Divulgação

O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) entregou oficialmente ao 2º grau a sua inteligência artificial Iandê, ferramenta desenvolvida para auxiliar na elaboração de minutas de votos e ementas, consolidando um dos principais produtos da gestão do biênio 2025/2027, liderada pelo presidente da Corte, desembargador Roberto Gonçalves de Moura.

A novidade foi apresentada na tarde desta quarta-feira, 17, durante workshop realizado no Anexo 1 do prédio-sede, que reuniu desembargadoras, desembargadores, servidoras e servidores para conhecerem de perto as funcionalidades da tecnologia, marco da modernização e do fortalecimento institucional do Judiciário paraense.

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Na abertura do workshop, o presidente do TJPA, desembargador Roberto Gonçalves de Moura, ressaltou que a inteligência artificial representa um marco histórico semelhante a grandes invenções do passado, como a imprensa e a internet.

Segundo o magistrado, a tecnologia deve ser utilizada em favor do bem comum, trazendo mais eficiência ao Judiciário e garantindo à sociedade uma justiça ágil e conectada às transformações do presente. “A inteligência artificial é uma ferramenta para a qual não podemos mais fechar os olhos. Devemos trazê-la para o interesse coletivo”, afirmou.

O desembargador destacou ainda que a Iandê foi criada dentro do próprio Tribunal, com recursos e equipe próprios, o que assegura autonomia e identidade institucional. Após passar por testes, a ferramenta já apoia todos os gabinetes no segundo grau, com potencial de expansão.

O desembargador frisou que a inovação não substitui pessoas, mas amplia capacidades e libera tempo para que magistrados(as) e servidores(as) se dediquem a demandas que exigem maior complexidade.

"A Iandê nasce para estar ao lado, para aliviar a carga, oferecer apoio e permitir que o talento humano brilhe ainda mais. Que todos se sintam parte desta construção e participem ativamente, porque esta conquista é, sobretudo, de todos nós”, concluiu.

Experimental – Desenvolvida pela Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic), a ferramenta foi testada para auxiliar a elaboração de minutas de relatórios, no mês de junho, nos gabinetes das matérias de Direito Penal, Público e Privado, obtendo resultados positivos de precisão e funcionalidade.

Futuramente, a IA deverá ser aperfeiçoada, com expansão prevista para o primeiro grau e para outras áreas administrativas do Tribunal, com o objetivo de apoiar e potencializar o trabalho, resultando em uma Justiça mais moderna e rápida.

Criada com estrutura própria, a implantação da Iandê não gerou custos adicionais, garantindo autonomia e segurança no tratamento de dados. A proposta é ampliar a eficiência da prestação jurisdicional sem substituir a atuação de magistrados(as) e servidores(as).

A solução é, ao mesmo tempo, prática, confiável e útil, preservando a autonomia e a segurança do Judiciário paraense. Integrada ao Processo Judicial Eletrônico (PJe) e à plataforma Codex, o novo recurso está em conformidade com as Resoluções nº 253/2020 e nº 615/2025, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A iniciativa também conta com o apoio da Comissão de Informática do TJPA, presidida pelo desembargador Alex Pinheiro Centeno, reforçando o alinhamento institucional na implementação de novas tecnologias.

Workshop – Na apresentação da Iandê estiveram o secretário da Setic, Diego Leitão; o secretário-adjunto da Setic, Bruno Rodrigues Cardoso; o coordenador de Aplicações, Álvaro Cardoso; o coordenador de Infraestrutura, Arilson Galdino, e os especialistas em IA Rodrigo Divino e Pedro Lenonn.

Diego Leitão explicou que a adoção de inteligência artificial no Judiciário precisa ser pensada de forma inclusiva, garantindo que não fique restrita a um grupo fechado de Tribunais.

Ele ressaltou que os modelos tradicionais envolvem custos elevados e limitam o acesso, mas que o Pará buscou desenvolver soluções próprias, com investimento em infraestrutura e especialistas, para ampliar o alcance e tornar a tecnologia disponível a todos. “Não podíamos começar um projeto que tivesse um grupo secreto para usar e que os demais não poderiam utilizar”, disse.

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Um vídeo mostrando o recurso na prática foi exibido para os presentes. Durante a apresentação, enfatizou-se que, apesar da IA ser uma importante ferramenta para ganho de produtividade e tempo, a revisão do produto final por pessoas não pode ser deixada de lado.

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