Justiça em Canaã: bêbado que matou casal e deixou criança em coma é denunciado por homicídio doloso

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O motorista bêbado que atropelou e matou um casal em Canaã dos Carajás no último mês será denunciado por homicídio doloso. A denúncia da Promotoria de Justiça de Canaã dos Carajás, vinculada ao Ministério Público do Pará, foi apresentada ontem (29). Além de ser denunciado pelo homicídio doloso, o motorista responderá também por tentativa de homicídio doloso, já que atropelou também os filhos do casal - uma das crianças chegou a ficar em coma.

A tragédia causou a morte do casal Flaviano da Silva dos Reis e Jaciele da Conceição de Melo dos Reis, além de deixar seus três filhos menores – de 12, 16 e 3 anos – com ferimentos graves.

Conforme apurado pela promotoria, sob relato do promotor Emerson Costa de Oliveira, o denunciado trafegava em alta velocidade pela Avenida São João, em Canaã dos Carajás, na noite do dia 29 de agosto, quando seu veículo colidiu violentamente com duas motocicletas nas quais estavam as vítimas.

Há relatos de testemunhas indicando que, pouco antes da colisão com as motos, o motorista já havia se envolvido em outro acidente, atingindo um carro que estava estacionado, mas mesmo assim prosseguiu dirigindo de maneira descontrolada e perigosa.

Um dos elementos centrais da acusação é o resultado do teste do etilômetro, que apontou a presença de 1,17 mg/L de álcool no sangue do condutor, valor bastante superior ao limite legal de 0,04 mg/L.

A denúncia foi fundamentada na tese de dolo eventual, sustentando que o acusado assumiu conscientemente o risco de causar mortes. De acordo com a promotoria, a conjugação de fatores como alta velocidade, condução sob influência de álcool e a continuidade da direção perigosa após a primeira colisão demonstra a aceitação dos resultados trágicos.

O réu permanece preso preventivamente. Se a Justiça acolher a denúncia do MPPA, o caso será submetido ao Tribunal do Júri, onde a pena aplicável pode ser consideravelmente mais severa em comparação com a previsão para homicídio culposo.

Fonte/Créditos: Com informações do MPPA

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