“GOAT”: mistura ousada de suspense psicológico e brutalidade do futebol americano

há 2 dias 10

O aguardado “GOAT” chegou aos cinemas na última quinta-feira (2/10), prometendo uma fusão de terror psicológico e universo esportivo. Estrelado por Tyriq Withers, Marlon Wayans e Julia Fox, o longa surge sob a chancela de Jordan Peele (o cérebro por trás de “Corra!”), com a direção de Justin Tipping.

A trama mergulha na descida aos infernos de Cam (Tyriq Withers), um quarterback universitário com a ascensão brutalmente interrompida por uma grave lesão cerebral. A redenção, ou a maldição, chega com um convite: uma semana de treino intensivo com o lendário Isaiah White (Marlon Wayans), a lenda viva da NFL e seu maior ídolo, para buscar um lugar na liga profissional.

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"GOAT": terror, esporte e a obsessão pelo poderDivulgação
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É neste ponto que o filme decola para o suspense e o terror. Isaiah, o ídolo de Cam, impõe uma rotina de treinamento que beira a tortura psicológica. No meio dessa preparação insana, em uma mansão no deserto norte-americano, Cam é engolido por uma espiral de paranóia e visões bizarras que borram a linha entre a imaginação e a realidade. A obsessão pelo topo é destrutiva, culminando em momentos de violência extrema, como a cena em que ele quase estrangula uma mulher. Mas no dia seguinte é tomado pelo arrependimento.

O título, “GOAT” (Greatest Of All Time – O Melhor de Todos os Tempos), é o eixo da reflexão sombria do filme. Cam está ali para ser a substituição, o novo deus que a fama e o poder irão idolatrar e recompensar. A produção levanta a inquietante questão: até que ponto a ambição justifica a perda da sanidade? O filme é um soco no estômago sobre o custo de se perder na busca incessante por mais poder.

O brilho e as falhas da execução

Uma das grandes surpresas é a performance de Marlon Wayans. Conhecido por seu extenso e irreverente histórico na comédia (icônico filme “As Branquelas”), o ator demonstra uma faceta dramática e gélida, surpreendendo ao ponto de sua presença em cena ser genuinamente arrepiante.

Para os fãs de drama psicológico intenso e cenas violentas, “GOAT” é um banquete de horror. O filme não economiza no sangue falso e na violência gráfica, satisfazendo a sede por momentos de brutalidade extrema.

No entanto, a jornada tropeça em alguns pontos. Certas passagens do filme se tornam “arrastadas”, prejudicando o ritmo da narrativa. Além disso, algumas pontas soltas no roteiro e um final que se revela um tanto previsível enfraquecem a força total da crítica que a obra tenta imprimir.

Para quem procura uma abordagem diferente no gênero terror e aprecia produções repletas de sangue e violência gráfica, “GOAT” se destaca pela ousadia ao combinar o terror psicológico com a brutalidade do universo da alta performance esportiva.

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