Em tempos de COP-30, Marabá amarga desempenho abaixo da média no Índice de Desenvolvimento Sustentável

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Marabá está entre os piores municípios do Sul e Sudeste do Pará em sustentabilidade, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC). O levantamento nacional, que avalia o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, aponta que a cidade registra alguns dos piores resultados da região, com desempenho fraco em áreas essenciais.

Segundo o relatório, Marabá apresenta índices críticos em diversos ODS, entre eles:

• ODS 5 – Igualdade de gênero

• ODS 9 – Indústria, inovação e infraestrutura

• ODS 10 – Redução das desigualdades

• ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis

• ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima

• ODS 14 – Vida na água

• ODS 15 – Vida terrestre

• ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes

• ODS 17 – Parcerias e meios de implementação

No ranking do IDSC, Marabá alcançou uma pontuação de 38,6 em 100, o que a coloca na faixa de desenvolvimento sustentável muito baixo. Para efeitos de comparação, Parauapebas, município de volume populacional semelhante, obteve 46,7 pontos, resultado ainda considerado baixo, mas superior ao de Marabá. Parauapebas se destaca em áreas como parcerias para implementação dos ODS, ação climática e vida terrestre, onde apresenta desempenho melhor que a vizinha.

O que chama atenção é como uma cidade com uma das orlas mais conhecidas e populares da região, com uma das mais belas vistas do Rio Tocantins, pode enfrentar tamanha dificuldade para ser sustentável. Especialmente agora, quando a gestão municipal, em agosto, assinou termos de doação com a Vale, recebendo um montante de R$ 100 milhões destinados à infraestrutura, sendo R$ 17 milhões especificamente para projetos socioambientais no município.

Em tempos de COP-30, com o Estado do Pará sob os holofotes do mundo, a pergunta que fica é: o que está sendo feito de concreto pela gestão Toni Cunha pelo meio ambiente e pela sustentabilidade de Marabá? Os dados evidenciam que a cidade ainda enfrenta sérios desafios estruturais, como déficit de saneamento básico, crescimento urbano desordenado, dificuldades na preservação ambiental e persistência de desigualdades sociais.