Elenco limitado compromete a temporada do Paysandu

O técnico Márcio Fernandes admitiu, após a derrota diante do Botafogo, que não conta com um elenco de qualidade homogênea para a disputa da Série B do Brasileiro. O treinador, de maneira muito clara, se queixou da falta de peças de reposição para fazer substituição nos jogos do time. “Quando a gente perde alguns jogadores, a reposição não tem sido da mesma forma e isso tem nos atrapalhado”, afirmou o comandante bicolor.

O treinador ratificou a deficiência no banco de reservas. “Quando a gente consegue manter o mesmo ritmo do time que inicia, a gente tem bons resultados, como tivemos lá em Criciúma-SC”, justificou o treinador. De fato, a saída, por exemplo, dos atacantes Maurício Garcez e Diogo Oliveira, supostamente lesionados, deixou o Papão sem qualquer poder ofensivo na partida da 31ª rodada da Série B. Os jogadores que entraram nos postos dos titulares, no caso, Vinni Faria e, principalmente, Rossi, foram um verdadeiro fiasco.

Paysandu não acertou a mão nos reforços

A falta de qualidade de alguns jogadores contratados pelo clube, com a chancela do executivo Carlos Frontini, do analista de desempenho Kauã Azevedo e, principalmente, do presidente Roger Aguilera, foi exemplificada, anteriormente, pelo treinador, ao justificar o não aproveitamento do volante Carlos Eduardo. O jogador, que veio do ABC, eliminado da Série C, nem mesmo figurava no banco de reservas nas partidas do Papão na Segundona. “Nos treinamentos, ele não tem sido do jeito que nós esperamos”, disse.

O que chama a atenção é que, após a declaração do treinador, o jogador parece ter se transformado nas atividades pré-jogos. Ele passou a figurar não só no banco de reservas, mas, também, entrando nos jogos contra o Cuiabá-MT e, na última terça-feira, diante do Botafogo. Mas, na ocasião, pareceu repetir as participações que teve nos seus primeiros treinamentos acompanhados pelo treinador.