Decifra-me ou devoro-te: um Enigma da Esfinge para Celso Sabino

há 1 dia 5
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Tal qual Édipo, o ministro Celso Sabino (União) tem diante de si um Enigma da Esfinge para solucionar. Ou permanece ministro do Turismo mais sete meses, até abril do ano que vem, ou acompanha a orientação do partido, entrega o ministério e desembarca do governo Lula. O enigma não é simples, requer estudo de caso e muita matemática para a solução.

Primeiro, é necessário colocar a situação em perspectiva: hoje, Sabino é o nome mais forte do União Brasil no Pará, tem uma base fortíssima de apoio nos municípios do Pará e tem chances claras de se tornar senador no próximo ano.

Para tal realização, o que lhe dá mais forças? O aparato e a vitrine do Governo Federal ou o alinhamento ideológico de seu partido? O que mais pesa na prática? Essas são as contas que agora passam pela cabeça do ministro.

Desde que assumiu o ministério, há mais de dois anos, Sabino cresceu muito politicamente no Brasil e no Pará. Nos municípios do Pará, o ministro tem sido presença constante, sempre com apoios expressivos, recursos para as mais diversas áreas e fomento ao turismo. O cargo e o trabalho desenvolvido deram a ele muita força, o que é essencial no momento em que precisa de votos absolutos para ser senador.

No entanto, permanecer ministro é permanecer ao lado de Lula, quando o União Brasil já decidiu que não o fará. É sabido que o partido não está ideologicamente alinhado ao Governo Federal, apesar de ter feito parte da base nos últimos anos e assim ter ficado a até poucas semanas atrás. Eleitores do partido são ligados à direita e isso pode custar a Celso votos.

Ao que parece, Celso já tomou uma decisão. Na última semana, durante evento em Belém, ele disse a Lula: “Conte comigo, onde quer que eu esteja, para lhe apoiar, segurar a sua mão...” Sabino ainda afirmou que Lula é o melhor presidente da história.

 Ainda não confirmou que fica no ministério, mas se ventila nos corredores que sim. Uma ala do partido defende uma tolerância de dois meses para Sabino no cargo, mas tudo ainda está em aberto.

O caminho natural parece ser uma expulsão e o grito de “fico” por parte de Sabino, que parece ter resolvido o Enigma da Esfinge. Um ministério impacta muito mais a vida das pessoas do que a questão ideológica-partidária.

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