Câmara de Parauapebas rejeita Moção de Repúdio contra prefeito por desentendimento com vereador durante a Cavalgada

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A Câmara Municipal de Parauapebas reprovou a Moção de Repúdio nº 18/2025, de autoria da vereadora Maquivalda Barros (PDT), que manifestava descontentamento com o prefeito Aurélio Goiano (Avante), devido a atitudes consideradas “incompatíveis com a postura de um chefe do Poder Executivo” durante a Cavalgada da Feira de Agronegócios de Parauapebas (FAP), realizada em 20 de setembro de 2025.

Na matéria, a vereadora relatou que o prefeito dirigiu ofensas e injúrias ao vereador Fred Sanção (PL) e seus familiares, e que a situação se agravou ao final do evento, quando “assessores e pessoas ligadas ao chefe do Executivo tentaram agredir fisicamente o vereador e sua equipe”.

“O Prefeito, que deveria ser exemplo de equilíbrio e civilidade, demonstrou despreparo ao levar disputas políticas a um momento de festividade popular, voltado à alegria e à convivência familiar. Sua postura, marcada por ironias, provocações e atitudes de deboche, configurou desrespeito não apenas ao vereador atingido, mas também à população presente”, detalhou.

Para Maquivalda, o desentendimento extrapolou a esfera pessoal, tornando-se um ato de nível institucional. “Não se trata de um desentendimento pessoal, mas de agressões motivadas pela atuação política de um representante eleito do povo,” afirmou. Ela considerou que “atacar um parlamentar por suas posições é atentar contra a democracia, a independência dos poderes e o direito da sociedade de ser representada.”

Divergências

Apesar dos argumentos da vereadora, a maioria dos parlamentares optou pela reprovação da Moção de Repúdio nº 18/2025. Zé da Lata (Avante), que é pai do prefeito, enfatizou que a divergência entre Aurélio Goiano e Fred Sanção iniciou antes da Cavalgada, em uma sessão na qual o vereador “fez uma encenação” atacando o prefeito. “Quando não quer ser atacado, não ataque. É simples. Eu sou contra violência e não vi o Aurélio agredindo ninguém. Agora ele vai responder pelo ato dos outros”, indagou Zé da Lata dirigindo-se a Sanção.

Fred Sanção relatou que, para ele, o assunto está superado. Porém, fez um alerta: “Eu só quero que todos fiquem atentos, porque amanhã pode ser com qualquer um de vocês e dá mesma forma como colegas lavam as mãos aqui hoje, amanhã podem precisar do colega e não vão ter o apoio devido”.

Para o líder do Governo, Léo Márcio (SD), os dois erraram. “Eu acredito que a melhor forma é a gente conversar, rever situações. Acredito que uma moção não vai resolver isso, não vai mudar nada e por isso vou votar contra”, ressaltou.

Reprovada, a Moção de Repúdio nº 18/2025 foi arquivada.

Fonte: AscomLeg 2025

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